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O novo perfil de cliente na retomada acelerada do mercado de intercâmbio

Executivo do STB descreve as transformações em um segmento que emerge da crise com alto grau de reinvenção

Como seria de se esperar, a procura por programas de intercâmbio estudantil, que ficou represado nos dois anos de maior intensidade da pandemia, com fronteiras e escolas fechadas, retorna agora em uma explosão de crescimento e novos formatos. Além de seduzir os estudantes cada vez mais cedo em suas jornadas de vida, esse segmento ampliou as possibilidades, por exemplo, com o Anywhere Office, ao permitir que, pelas virtudes do teletrabalho, colaboradores e empreendedores estudem no exterior mantendo seus empregos e negócios no país. Tendo enfrentado e superado essa transição, a STB – Student Travel Bureal, cinquentenária operadora do mercado com suas dezenas de lojas físicas no país, viu emergir agora um cliente muito mais exigente, buscando as viagens e estadias para estudo de idiomas, formação acadêmica e vivência cultural como fatores efetivamente agregadores em seu futuro profissional, conforme detalhou, hoje (20), Júnior Azadinho, gerente nacional de vendas da empresa, ao participar da 566ª live da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Iniciando por descrever um pouco do que representou, como desafio, o fechamento das fronteiras internacionais durante o longo período da pandemia, o executivo falou da necessidade de um processo de reinvenção estratégica em um negócio que sempre proporcionou educação no exterior, seja em cursos de línguas, graduação e pós-graduação, intercâmbio cultural, etc., historicamente dentro do modelo 100% presencial. Até porque, conforme as explicações de Júnior, o estudante não busca apenas formação ou conhecimentos técnicos e linguísticos com a viagem, mas também a riqueza que pode produzir a vivência cultural em um país estrangeiro.

Agora, dentro das mudanças surgidas em função da crise sanitária global, a STB já oferece o intercâmbio on-line como opção. Entretanto, a predileção pelo presencial é tão marcante, segundo o executivo, que muitas contratações ficaram represadas por dois anos, até arrefecerem as restrições da pandemia. Hoje, a companhia vive o boom da procura pelos serviços, sendo que apenas entre 10% a 15% dos clientes optam pelo intercâmbio à distância. “Dessa forma, o maior impacto da transformação digital para nossa organização se deu mais no relacionamento com os clientes. Hoje essa experiência já acontece de forma multicanal. Enquanto nas operações, somente uma minoria de cursos de graduação que começaram on-line na pandemia, com a opção de se tornarem presenciais mais tarde, mantiveram-se à distância por motivos econômicos dos estudantes. E também, houve a percepção de que o programa em si é o mesmo, a metodologia de ensino também, ou seja, não haveria qualquer prejuízo educacional.”

Indagado sobre eventuais mudanças no perfil dos clientes da STB nessa transição, Júnior apontou um crescimento nos níveis de exigência. Os viajantes não se satisfazem mais em apenas avançar no estudo de um idioma, mas querem também vincular esse aprendizado a aplicações efetivas em uma carreira profissional. “Eles aproveitaram para estudar idiomas durante o período de isolamento social e agora estão mais interessados em adquirir diferenciais na área acadêmica ou profissional. Em resumo, houve um deslocamento da procura de estudo de línguas por oportunidades de crescer profissionalmente.”

O gerente explicou que outro ponto de inflexão se deu no foco maior dos clientes dentro do intercâmbio. Antes, os estudantes aproveitavam para se formar no programa de high school oferecido, correspondente ao ensino médio no Brasil, voltavam para um curso de graduação e só depois iam novamente para fora fazer a pós. A tendência, neste momento, é um aumento da procura pela própria graduação no exterior. “O brasileiro percebeu que essa opção cabe no bolso e agrega bastante ao currículo em função do alto nível das instituições constantes do programa internacional.” Nessa linha, questionado sobre pesquisas que destacam o fato dos estudantes estarem procurando cada vez mais cedo o intercâmbio educacional no exterior, o gerente confirmou. Para ele, essa é uma tendência que veio para ficar, pois o crescimento do ensino bilíngue nas escolas brasileiras favorece a busca por formação estrangeira, o que considera bom para o país já que amplia o número de profissionais com uma formação acadêmica mais aprimorada.

Ainda na direção das novas inclinações, o executivo mencionou o crescimento do programa Anywhere Office da STB. O profissional ou empreendedor que deseja estudar no exterior e manter seu emprego ou negócio atual, pode fazê-lo dentro do modelo de home office que já pratica, escolhendo um local estrangeiro com fuso horário próximo ao do Brasil. Isso quer dizer que não é mais necessário que se abandone ou se licencie na empresa para estudar idioma ou se formar em graduação ou pós no exterior. Na sequência, falando dos países campeões de procura por intercâmbio, ele apontou o Canadá como o primeiro da lista. Principalmente por causa do valor do dólar canadense, da possibilidade de, com o visto de estudante, ser possível trabalhar e pelas facilidades oferecidas para, depois de formado, se tornar um cidadão canadense – porque se trata de uma nação em busca de mão de obra qualificada.

Ao longo do bate-papo, Júnior pôde explicar porque os Estados Unidos passaram para a segunda colocação nessa procura, a posição ocupada pela Austrália – que volta a subir no ranking pelas facilidades de migração e outras vantagens –  e as novas características das plataformas de ensino híbrido adotado pelas escolas em geral. Ele pôde detalhar ainda a flexibilização de pagamentos para voltar a crescer aproveitando a grande procura de pós-pandemia, além de enumerar as parcerias da STB com as instituições no exterior e as perspectivas do segmento na nova realidade global.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 565 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever.  A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (21), recebendo Bruno Wolmer, diretor executivo comercial da Coty Brasil, que abordará a democratização com conceito de escolha inteligente no mercado de beleza; na quinta, será a vez de André Romanon, country manager da Roku Brasil; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Engajamento: Mais que torcedores, verdadeiros clientes?”, reunindo Bruna Botelho, CEO e fundadora da StadiumGO!, Claudio Pracownik, CEO da Win The Game, e Fernando Patara, cofundador e head de inovação da Arena Hub.

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