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Sem crise!

Enquanto algumas empresas enfrentaram grandes obstáculos ao longo de 2015, outras conseguiram encontrar um caminho próspero. Como foi o caso da Herbalife. Segundo Igor Carvalho, gerente sênior de marketing, a empresa cresceu 8,9% no terceiro trimestre do ano, em comparação com mesmo período do ano passado. Sem contar que ainda expandiu o portfólio com lançamento de produtos, o que resultou no aumento do número de clientes. Ou seja, melhor impossível. Porém, o executivo assume que muito desse resultado positivo foi fruto de um maior investimento na comunicação e multicanalidade. “Acho que o primeiro ponto, na questão de gestão de clientes, foi trabalhar muito as campanhas integradas. A gente fala sempre que a questão da intensidade do relacionamento com o consumidor hoje é muito importante”, afirma. Em entrevista exclusiva à ClienteSA, Carvalho conta mais sobre como foi esse ano para a empresa.
ClienteSA: Qual a sua avaliação do ano para o mercado de gestão de clientes?
Carvalho: No caso da Herbalife, foi um ano muito positivo. Até em termos de crescimento, quando se fala do mesmo período do ano passado, a gente teve um crescimento de 8.9% no terceiro trimestre deste ano, comparado com mesmo período em 2014. Partindo dessa premissa de crescimento, obviamente que, pra gente, foi muito positiva a gestão de clientes, mostrando o caminho que a Herbalife vem atingindo através dos seus consultores na relação com cada consumidor. Então, quando se fala de retrospectiva, para nós foi um ano muito importante, no sentido até de novos lançamentos e novos produtos. O que gerou também uma nova relação com novos clientes. Com isso, a gente entrou em novos segmentos e isso obviamente fez com que nos preparássemos e tivéssemos outra abordagem com relação a gestão de clientes.

O quanto, em sua opinião, a crise pode ter mudado o mercado?
A gente, na Herbalife, não sentiu tanto essa crise. Como falei, tivemos esse crescimento de 8.9%. Mas, ela é um assunto inerente a todos os mercados e o que sentimos é que, cada vez mais o consumidor está mais seletivo. Ele quer entender mais o produto que vai consumir. Quando falamos de nutrição, que é o nosso segmento, ele está mais ponderado e menos impulsivo. Então, quer entender a procedência dos produtos, a qualidade do processo de produção, quer entender muito claramente os benefícios desse produto e compara demais. E a marca tem que se comunicar nesse sentido, porque quanto mais você explora os benefícios, valores e ingredientes e tudo que o que pode oferecer, mais esclarecimento traz para o consumidor, facilitando a questão do consumo. O principal diferencial do nosso canal é o acompanhamento, o nosso consultor acompanha e motiva o cliente durante todo o processo de consumo. O que é, nesses momentos de crise, um diferencial além do produto. 
Quais foram os principais acontecimentos da empresa na gestão de clientes em 2015?
Acho que o primeiro ponto, na questão de gestão de clientes, foi trabalhar muito as campanhas integradas. A gente fala sempre que a questão da intensidade do relacionamento com o consumidor hoje é muito importante. Então, abordar consumidores através de call centers, campanhas online, offline, e-mail marketing, no Whtaspp por meio dos consultores, é conseguir abordá-lo por vários lados. Eles têm vários perfis, atuam e são abordados pela marca em vários canais. Isso foi um grande high light nosso: estar presente em canais diferentes, mas, o mais importante, adequando a mensagem. Esse é um ponto importante para a Herbalife, quando a gente vai para as mídias sociais a gente é mais descontraído, quando vamos para a TV aberta focamos muito mais em uma campanha publicitária institucional. É atingir o consumidor em pontos diferentes e fazer a gestão através do canal em que ele acessa a marca. A partir do momento em que a empresa entende que ela tem que se adaptar conforme o canal, isso faz completa diferença com relação à gestão de clientes e ele sente que dialoga com a marca, que conversa com ele e não simplesmente vai atrás da informação e acaba por aí.

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Sem crise!

Autor: Claudio Gandelman
 
Desde a popularização das redes sociais entre pessoas de todas as idades, classes sociais e as mais distintas ideologias, as empresas passaram a enxergar um potencial de negócios no mundo digital. Hoje, boa parte das marcas interagem com seu público por esse canal, já que possibilita grande interação e é relativamente barato se comparado com as outras estratégias de marketing. Mas como quase tudo em nossas vidas o que pode ser uma grande estratégia de negócios também pode ser o ponto inicial de uma crise de imagem.
 
Diferente de qualquer outro canal de comunicação, a sua principal característica é promover com facilidade a interação entre a empresa e o seu público, bem como entre as próprias pessoas. Ideias são difundidas com facilidade, mas problemas também são e podem aparecer de onde menos se espera. Exemplos não faltam e um dos que mais gerou repercussão recentemente é o caso do Instituto Royal e os testes em cachorros da raça Beagle. 
 
Sem nenhum parecer antecipado, uma vez que ainda não existe uma conclusão por parte do poder judiciário, o fato é que a empresa nega veemente que o os animais foram maltratados durante os testes, enquanto os ativistas mantêm a sua versão da história. Apesar disso milhares de pessoas compartilharam matérias, fotos e vídeos comentando o caso e expondo sua opinião. O que era uma denúncia transformou-se em verdade absoluta e recentemente a empresa veio a público declarar que encerrará todas as suas atividades. Se pararmos para pensar, apenas este ano temos uma lista considerável de empresas que tiveram que lidar com crises de imagem que vieram por meio das redes sociais.
 
Com a minha experiência em internet e redes sociais posso afirmar que mesmo com todos os cuidados todas as empresas estão sujeitas a exposições negativas nas redes sociais. Por isso algumas dicas são pertinentes:
 
1º – Faça um planejamento detalhado antes de utilizar as redes sociais. A ideia é ter um controle completo de todos os passos da sua empresa neste ambiente, afinal é um canal de comunicação e, assim como os demais, exige atenção. As redes sociais devem ser administradas por pessoas que tenham essa qualificação.
 
2º – Elabore um plano de contenção de crise. Essa ação é importantíssima, pois é nesse momento que a empresa levanta todas as ameaças possíveis, afinal se tratando de redes sociais qualquer fagulha pode ocasionar uma explosão. Outra informação importante é que o planejamento deve ter o aval de todos os departamentos da empresa, visando uma ação conjunta e uma resposta única.
 
3º – Tenha agilidade. Os internautas replicam uma denúncia, verdadeira ou não, de maneira espantosa e você também precisa ter rapidez. Cada hora desperdiçada nas redes sociais significa centenas de exposições negativas com o público que acompanha sua marca.
 
4º – Não adianta discutir. As pessoas são inteligentes, entretanto a grande massa age por impulso, por isso não adianta perder a cabeça, discutir ou agir com nervosismo. Mantenha-se calmo e pense em cada passo, sempre prezando pela postura profissional.
 
5º – Não minta, não esconda informações e nem prometa o que não pode cumprir. O segredo é mostrar para seus clientes e parceiros que a sua empresa é séria e trabalha com ética e transparência. As redes sociais transformam tudo em grandes catástrofes e às vezes exageram e até inventam informações, por isso mentir ou prometer o que não se pode cumprir só prejudica a gestão da crise.
 
Claudio Gandelman é fundador e CEO do Teckler, rede social que remunera os internautas pelo conteúdo produzido.

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