Country manager da Roku Brasil aponta as perspectivas e possibilidades de um novo mercado de consumo de conteúdo
O Brasil é o segundo país do mundo em número de assinantes da Netflix, atrás apenas dos Estados Unidos, e isso dá a dimensão do potencial do mercado de streaming no país. Realidade que atraiu para cá, há dois anos, a americana Roku, marketplace de aplicativos de streaming e de conteúdos audiovisuais, que busca democratizar e impulsionar ainda mais essa modalidade de obtenção de conteúdo. Com o Roku Express, dispositivo que transforma o televisor comum em smart TV e parcerias que vão ampliando o espectro de atuação, a empresa desembarcou no mercado brasileiro exatamente no momento em que os legados da pandemia aceleraram a mudança de hábitos pró-streaming, conforme descreveu, hoje (22), André Romanon, country manager da Roku Brasil, ao longo da 568ª live da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Ao contar, de início, a história da empresa, o executivo lembrou que a mesma nasceu dentro da Netflix, com um de seus colaboradores, Anthony Wood, convidado a empreendedor de forma independente como parceiro no fornecimento de dispositivos para entregar os conteúdos da gigante americana. Assim nasceu a Roku, que, em sua trajetória foi agregando novas possibilidades e serviços no segmento, transformando-se em uma das principais plataformas do setor, liderando o mercado americano e avançando globalmente, segundo André. Criada em 2002, a empresa sempre teve foco no Brasil, onde aportou, com um grande plano de expansão, há apenas dois anos.
Ao explicar o interesse por investir no País, ele destacou as potencialidades do consumo de streaming, o segundo maior mercado em número de assinantes da Netflix, por exemplo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, e o potencial representado pelas TVs, já que são comercializadas de 10 a 12 milhões de aparelhos ao ano. Tanto que esse meio foi o escolhido para início das operações brasileiras. Depois de uma parceria inicial com a AOC para o lançamento da Roku TV, iniciou em setembro de 2020 a oferta do próprio dispositivo, o Roku Express, que transforma uma TV comum em smart TV, avançando no ano seguinte com parcerias estabelecidas, por exemplo, junto à Philco, Semp e TCL, alcançando já um market share superior a 40%. Nesse sentido, o country manager demonstrou otimismo em relação ao crescimento contínuo do mercado de streaming no Brasil, detalhando também a estratégia de marketing adotada para tornar a marca conhecida no País, como o patrocínio de um time de futebol e a disseminação dos fundamentos do negócio nas mídias digitais
Um ponto que ganhou destaque na live foi a afirmação de André de que essa forma de receber conteúdo pela TV transforma o telespectador em consumidor, pois é este quem decide quando e como quer a transmissão, ou seja, não depende mais de uma programadora que decida por ele esses fatores.
Questionado sobre a continuidade ou não da força do hábito televisivo em novas gerações nascidas digitais, ele reafirmou que esse poder de escolha traz também a TV inteligente para seu universo. Dentro dessa transição para o novo modelo de entretenimento e de acesso a conteúdos, André aponta a surpreendente impulsão da banda larga de internet, presente já em mais de 42 milhões de lares brasileiros. Tudo isso, segundo ele, tem pavimentado o caminho de êxito que era a expectativa da Roku, ainda mais energizado com a chegada do 5G. “Os conteúdos via streaming, que já fazem parte das conversas cotidianas atualmente, só tendem a ocupar cada vez mais espaço no dia a dia das pessoas. Sem nos esquecermos de o quanto o período de pandemia contribuiu para a mudança de hábitos, com consumidores ‘maratonando’ séries em seus momentos de isolamento social, etc. Foi, sem dúvida, uma aceleração no processo em favor do streaming.” Prova disso é o estudo realizado pela empresa. O comparativo dessa modalidade com outras atividades aponta para uma mudança cultural e comportamental: preferem o streaming a ler um livro (74%); a assistir uma partida de futebol (68%); a sair com os amigos (63%); e a praticar esportes ou ir a uma festa/show (61%).
De qualquer forma, para ele, esse engajamento crescente é apenas a ponta do iceberg. Porque, na visão pela qual a Roku foi concebida, todo conteúdo seja em TV ou vídeo, no futuro, se dará por streaming. E, sendo um dos motores dessa projeção na prática, a empresa trabalha com base em alguns pilares: promover massificação por meio do oferecimento de uma boa relação custo/benefício, ou seja, facilitar o acesso; entregar não só experiência, mas, principalmente, conteúdo que atenda ou supere a expectativa dos consumidores, o que é obtido via parcerias estratégias; e facilidade de uso, democratizando para todo tipo de pessoa, faixa etária, nível cultural ou educacional, etc. Ele ainda pôde detalhar, ao longo da live, as entregas feitas pela plataforma visando agregar na experiência do consumidor, como, por exemplo, o Roku Pay, a contratação de serviços de assinatura com poucos cliques, o aplicativo que transforma o celular em controle remoto da TV, entre muitos outros avanços.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 567 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA encerrará a semana amanhã (23), com o Sextou, que debaterá o tema “Engajamento: Mais que torcedores, verdadeiros clientes?”, reunindo Bruna Botelho, CEO e fundadora da StadiumGO!, Claudio Pracownik, CEO da Win The Game e Fernando Patara, cofundador e head de inovação da Arena Hub.