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Tem DNA inovador?

Muitas coisa mudou no mercado de consumo nos últimos anos. Principalmente om o avanço da tecnologia, o cliente adotou novos comportamentos, que estão obrigando as empresas a se reiventarem. Com isso, a inovação nunca foi tão importante quanto nos dias de hoje, ainda mais com a transformação digital. No entanto, apesar de boa parte do mercado já ter entendido o recado, ainda são muitas as empresas que patinam na hora de inovar. O motivo? Longe de ser tecnologia, em muitos casos ele está ligado à cultura da empresa. “Para que aumentem os índices de sucesso nessas iniciativas, é importante construir uma cultura organizacional que reflita este novo posicionamento, com mais agilidade na tomada de decisões e um pensamento que flui mais abertamente por todos os níveis da empresa”, detalha Ana Alice Limongi, diretora de desenvolvimento humano e organizacional na Neobpo.
Isso pode ser constanto em um levantamento da Cedro Technologies, com 100 empresas de grande porte. A pesquisa constatou que 75,76% dos executivos entrevistados já estão com projetos de transformação digital em execução. Porém, 74,68% ainda estão em estágio inicial de maturidade em transformação digital. Quando questionados sobre os desafios enfrentados quanto à transformação digital, o levantamento apontou que a maioria dos executivos, 36,72%, responderam que a cultura organizacional ainda é a principal dificuldade para a implementação da transformação digital em suas empresas.
De acordo com Flávio Pelizari, diretor de recursos humanos e treinamento da ReachLocal, a inovação não é algo que simplesmente acontece, do nada. Ela precisa ser cultivada, desenvolvida e estimulada. ” simples decisão ou vontade de se ter uma empresa ou um ambiente inovador não é garantia de que isto vai acontecer, apesar de ser um bom começo. Como em todo cultivo, um ambiente inovador precisa de investimentos para criar raízes e crescer”, afirma. Dentro disso, Alexandre Velilla Garcia, CEO do Cel.lep Idiomas, explica que a cultura organizacional de uma instituição consiste no conjunto de hábitos e valores que conduzem a dinâmica de um ambiente de trabalho. “Muitas vezes, não é nem ao menos percebida, mas, ao compreendermos seu funcionamento e a influência que ela tem sobre toda a realidade da empresa, temos em mãos a possibilidade de lidar com ela de acordo com as necessidades da companhia como um todo”, pontua.
Trazendo a inovação para esse contexto, o executivo indica que é preciso, primeiramente, que o ato do questionamento se torne um hábito cultural. “Como posso melhorar meu espaço de trabalho? Como posso ser mais criativo, eficiente e inovador? São questões que devem fazer parte da mentalidade de qualquer colaborador de uma empresa. Não só da liderança. Mas, para alcançar essa postura em conjunto, deve-se  fixar o conceito de disrupção e torna-lo inerente a imagem da empresa como um todo.” Isso pode ser feito por meio  da criação de espaços que permitam o debate rico de ideias, a evolução nas relações entre líderes e liderados, a quebra de paradigmas de gestão e a promoção de autonomia dos colaboradores. “Em um ambiente desafiador e mais aberto, acredito que, certamente, o colaborador pode ter seus níveis de motivação elevados.”
Já aponta a importancia de olhar toda a estrutura da companhia e se criar um mapa de ações em que, por sua vez, cada área tenha táticas relacionadas. “Quando se tem o primeiro nível de liderança reportando isso e trazendo um modelo de pensamento analítico, geram-se as conexões necessárias para o negócio e para esse novo posicionamento que se traduz em cultura.” Nesta jornada, ela comenta que pode haver dificuldades no dia a dia em termos de impacto humano, na medida em que a nova atuação esperada não fica clara aos colaboradores. O principal tratamento para isso seria engajá-los por meio dos propósitos individuais de forma simplificada, fazendo com que a transformação faça sentido para a pessoa. “A partir do momento em que o objetivo da empresa passa a ser o mesmo dele, o agente mobilizador fará com que o propósito se conecte a outras pessoas. À medida que se cria essa rede, os direcionamentos para essa cultura se estabelecem”, completa.
Assim, na criação de uma cultura digital, colocar o colaborador no foco da inovação é fundamental, segundo explica Romi Schneider, diretora da área de pessoas da Mandic Cloud Solutions. “Ter um ambiente inspirador, que estimule a integração, com certeza acelera o processo da transformação. A vivência do colaborador dentro da organização é uma extensão da sua vida pessoal.” Ela defende que os gestores precisam caminhar juntos com as equipes e entenderem que esse desafio é de todos, não apenas do time de TI. E o mais importante, a liderança precisa impulsionar iniciativas. “A tecnologia é uma ferramenta que sem o fator humano extraindo o melhor dela, deixa de fazer sentido. Uma iniciativa bem-sucedida está centrada nas pessoas e não apenas em tecnologia”, finaliza.

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