Vendas do varejo paulista caem

O volume de vendas do varejo paulista caiu 4,2% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2016, segundo a pesquisa ACVarejo da Associação Comercial de São Paulo, ACSP. Já no mês de março, o recuo foi de 3,9% na mesma base de comparação. O resultado melhorou de um ano para outro ― mesmo que tenha ficado no campo negativo ― já que em 2016 as retrações foram de 9,3% no trimestre e de 13,5% em março (frente a iguais períodos de 2015).
“Esse enfraquecimento das quedas pode indicar perda de intensidade da crise econômica e a tendência é de que isso continue nos próximos meses, devido à redução das taxas de juros por parte do Banco Central. Isso dependerá também dos acontecimentos políticos e das reformas estruturais”, analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
De acordo com Burti, entre os principais fatores que podem ter amenizado as perdas neste ano estão a base fraca de comparação, o recuo da inflação e o pagamento das contas inativas do FGTS, que começou em março. Contudo, o cenário do varejo paulista ainda sofre fortes contrações, que podem ser explicadas pelo desemprego, pela redução da renda e pela menor disponibilidade de crédito, situações que minam a confiança do consumidor.
EM ALTA E EM BAIXA
Entre os destaques da pesquisa ACVarejo está o crescimento do volume de vendas do setor de autopeças e acessórios que, no primeiro trimestre, avançou 2,4% em relação ao mesmo trimestre de 2016. No período acumulado de 12 meses, a alta foi de 5%. “A recuperação desse setor acontece principalmente porque ele é orientado para as exportações ― e o Estado de São Paulo é o principal polo industrial”, explica o presidente da ACSP. Em março, porém, as vendas de autopeças e acessórios caíram 2% sobre março de 2016.
Também chama a atenção o desempenho das lojas de departamentos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, com elevações de 7,9% e de 16,9% no primeiro trimestre e em março, respectivamente (mesma base de comparação). Para a ACSP, o resultado pode ter sido alavancado pelo crescimento das vendas on-line.
Os setores que mais perderam vendas no primeiro trimestre de 2017 sobre igual período de 2016 foram farmácias e perfumarias (-10,7%) e outros tipos de comércio varejista (-8,8%) ― que inclui, por exemplo, combustíveis; lubrificantes; livros, jornais, revistas e papelaria; artigos recreativos e esportivos; joias e relógios.

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Vendas do varejo paulista caem

A pesquisa ACVarejo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), revela que o volume de vendas do varejo paulista caiu 7,2% em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2015. Foi uma retração menos intensa do que a apresentada em outubro, quando o encolhimento foi de 11,9%. Essa melhora se explica fundamentalmente pelo melhor desempenho da Black Friday em 2016 e também pelo dia útil a mais em novembro do ano passado. 
“A desaceleração da queda em novembro não indica, ainda, uma retomada. Pode ter havido, durante o período da Black Friday, antecipação das compras natalinas”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). “De qualquer forma, a redução mais intensa dos juros por parte do Banco Central deverá ajudar na futura recuperação do varejo”.
Burti acrescenta que os fatores que contribuem para deprimir o consumo das famílias continuaram atuando em novembro, como o aumento do desemprego e a queda da renda, além da contração e da piora das condições de crédito. A pesquisa ACVarejo também aponta que, no período de janeiro a novembro, o varejo do Estado acumula retração de 6,2% sobre igual período do ano passado.

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