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Web Services. Mudança tecnológica?

Quem ainda não analisou, ouviu falar ou teve contato com os web services, é bom ficar atento. Os web services não constituem produtos. Trata-se de uma nova forma de desenvolver soluções para os já tradicionais problemas de Integração dos Sistemas Corporativos (EAI) e de disponibilizar serviços por meio do canal web. Seu objetivo é permitir a criação de novos serviços e negócios, seja entre corporações (B2B) ou sistemas de comércio eletrônico (B2C), por meio da agregação de várias funcionalidades disponibilizadas por aplicações baseadas em diversas plataformas ou, até mesmo, fornecidas por diferentes empresas.

Isso significa integração, melhor retorno sobre o investimento (ROI) e capacidade de reaproveitamento de aplicações. Até aqui, nada de novo. Porém, não se trata de mais uma buzzword do mercado para conseguir a tão desejada integração. Porque desta vez, (e pela primeira vez) os maiores players mundiais da indústria de Tecnologia da Informação como Microsoft, IBM, Sun, Oracle, HP e Attachmate estão comprometidos e trabalhando em parceria no desenvolvimento da nova plataforma.

E do ponto de vista mercadológico, a avaliação que o IDC e o Gartner Group, institutos de pesquisa americanos renomados, fazem sobre o futuro dessa tecnologia aponta perspectivas altamente promissoras. Conforme estudos do IDC, o mercado de web services deverá se concretizar com aplicações comerciais nos próximos três ou quatro anos. Segundo o instituto, essa tecnologia deverá sofrer crescimento exponencial, movimentando cifras mundiais de US$ 1,6 bilhão em 2004, chegando a US$ 34 bilhões em 2007.

Já segundo previsões do Gartner, até o final deste ano, 75% das empresas com faturamento superior a US$100 milhões vão interfacear com web services. E para a primeira metade de 2003, cerca de 50% das corporações com receita superior a US$ 50 milhões deverão apresentar aplicações voltadas para web services. A tendência natural é que os web services sejam inicialmente utilizados na disponibilização de serviços de sistemas internos e em soluções B2B, ou seja, será feita e utilizada por parceiros conhecidos. A oferta de serviços pela internet para parceiros desconhecidos deverá se dar apenas numa fase mais madura da aplicação tecnologia, restando ainda alguns tópicos a serem finalizados, como por exemplo, as questões relacionadas com processos transacionais e segurança, que não devem demorar a se resolver, dada a seriedade com que o assunto vem sendo tratado.

O desafio então passa ser a criação de regras de conteúdo para que todos os envolvidos se entendam adequadamente. Assim, a forma mais eficiente de troca de informações e serviços passará obrigatoriamente pelo estabelecimento de padrões, isto é, pela utilização de regras e protocolos de mensagens que sejam seguidos pelo sistemas corporativos das empresas conectadas. E será vital que os dados trocados entre as organizações possam seguir formatos conhecidos pelas mesmas, a fim de garantir maiores níveis de segurança.

E tudo isso vem ao encontro de um cenário de mercado, em que até mesmo o conceito de empresas concorrentes sofreu alterações. É só lembrar de que hoje, companhias concorrentes se unem para, por exemplo, abrir espaço no mercado externo. Diante disso, é possível concluir que a concretização dos web services tornará os investimentos em TI ainda mais estratégicos. Assim, com o surgimento da nova cadeia de valor, ficar fora da internet, poderá se tornar o mesmo que ficar fora do mundo dos negócios. É bom começar a pensar sobre isso…

Carlos Katsumi Hamatsu é gerente de consultoria da Attachmate Brasil.

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