Pagar à vista ou parcelar? A dúvida existe para muitos brasileiros na hora de realizar uma compra, principalmente nessa época de incertezas econômicas. Agora, juros altos, desemprego e a crise se tornaram fatores determinantes na hora de escolher qual a melhor modalidade de compra.
Segundo a MundiPagg, os consumidores têm mudado a forma preferida para pagamento nas compras online, optando por fazer à vista. No primeiro trimestre desse ano, o número de compras com pagamento no ato, com cartão de crédito, chegou a 58,56% do total de pedidos do e-commerce. Em 2015, esse número era de 43,80%. Mesmo para os que optam por dividir, houve queda também na quantidade de parcelas. Em relação às compras parceladas de duas a seis vezes, os números caíram de 42,4% para 33,1%. Enquanto as realizadas de sete a doze vezes foram de 13,8 para 8,3%.
Para Guilherme Pizzini, CEO da MundiPagg, a mudança é decorrente da redução dos prazos nos parcelamentos sem juros oferecidos pelos e-commerces e pelo desemprego. “O momento econômico está difícil, por isso, as pessoas estão preferindo os pagamentos à vista como uma forma de evitar contrair dívidas em longo prazo, com medo de perderem o emprego e não quitarem seus débitos. Além disso, os juros para pagamentos a prazo estão mais altos, fazendo com que seja financeiramente mais vantajoso quitar no ato”, explica.
Os itens, no entanto, ficaram mais caros: o valor do tíquete médio nas compras à vista foi de 87 reais em 2016, em comparação aos 73 reais no mesmo período do ano passado. Na faixa de duas a seis parcelas, foi de 304 reais, e de sete a doze vezes, de 703 de reais, em média.