Estudo da SuperSim mostra que a dificuldade financeira acaba deixando os planos de educação para depois
No último ano, 70,3% dos brasileiros das classes C e D recorreram ao empréstimo pessoal para cumprir com as suas responsabilidades financeiras. A constatação faz parte do estudo “Perfil do solicitante de empréstimo – Classes C e D”, conduzido pela SuperSim, fintech de crédito voltada para pessoa física, que ouviu mais de 6 mil pessoas. “O IPCA, principal indicador de inflação do país, fechou 2021 na casa de dois dígitos (10,06%), diminuindo, portanto, o poder de compra da população. Além disso, por causa da pandemia, 69,1% dos entrevistados disseram que abandonaram projetos pessoais e 56,1% relataram aumento nas despesas”, descreve o levantamento.
De acordo com a pesquisa, emergências ou casos pontuais foram os principais motivos (53,32%) que levaram à solicitação de empréstimo nos últimos dois anos. Em relação ao orçamento mensal, alimentação (22,1%), contas fixas: água, luz, gás (17,58%) e cartão de crédito (11,64%) concentram os maiores gastos dos entrevistados, enquanto educação (4,97%), saúde (4,73%), vestuário (2,11%) e lazer (0,99%) estão entre as menores despesas da casa.
Planos para educação adiados
O “Perfil do solicitante de empréstimo – Classes C e D” mostra que a maioria dos brasileiros que precisou realizar empréstimo tem apenas o ensino médio completo (40,3%), seguidos dos que não terminaram o ensino superior (14,1%) e dos que têm o ensino fundamental completo (10,8%). O estudo chama a atenção para o fato de que a educação foi justamente um dos planos mais adiados por causa da pandemia (15,3%), atrás apenas da reforma da casa (16,9%) e seguido da compra de bem, seja móvel ou imóvel (12,9%).
A educação também é mencionada pelos entrevistados como o quarto maior custo de vida (8,48%), atrás de contas fixas (31,28%), alimentação (26,39%) e investimentos nos negócios (10,05%). A boa notícia, dentro da sondagem, é que, para este ano, quase 60% pretendem investir nos estudos.