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Inadimplência: alerta à vista!

O ano de 2015 começou com muitas incertezas na área econômica do país, o que pode refletir diretamente na inadimplência. Um dos impactos deve vir com a mudança de postura das empresas de concessão do crédito, que estarão mais rigorosas. “A tendência é do aumento do desemprego, como já aumentou no setor industrial, e toda vez que o desemprego aumenta, o risco de inadimplência também fica mais alto, e isso gera uma reação defensiva ou mais cautelosa de quem concede crédito. Então a tendência é o crédito ficar mais restrito e mais caro nesse primeiro semestre.”
Essa movimentação, na visão de Fernando Cosenza, diretor de marketing, inovação e sustentabilidade da Boa Vista Serviços, fará inclusive com que a inadimplência se mantenha estável. Isso porque, para ele, o que influencia a inadimplência são sempre o rigor dessas empresas e o comportamento dos consumidores. “Eles estão bastante rigorosos, e é uma forma de se defender contra a inadimplência e a consequência é uma carteira de crédito mais saudável, menos disposta ao risco.” Do outro lado, os consumidores vem em um processo de amadurecimento com relação ao uso do crédito, a uma consciência maior dos próprios limites. De acordo com Francisco Pereira, CEO da Agyx! Cobranças, a cautela por parte dos clientes tem sido observada desde o último trimestre de 2014. “Observamos grandes mudanças no modo de inadimplência, com relação à pessoa física que utiliza cada vez mais o cartão de crédito, porém alternando com o cartão de débito”, diz.
Apesar do maior rigor, Cosenza afirma que as empresas devem sempre se basear nas informações e conhecerem seu cliente e sua situação financeira, por meio de ferramentas de análises, que são consideradas cada vez mais eficazes no processo de concessão, a fim de evitar riscos. “Ser rigoroso não é simplesmente ´fechar a torneira´, não é emprestar menos, e sim, melhor. Emprestar melhor no sentido de escolher melhor os clientes e dentre os clientes, as condições que se oferece para cada um. Isso só pode ser feito com informação, com dados. Informação sobre o consumidor fazendo um pedido de crédito, informação prévia, e depois que o crédito for feito, monitoramento do risco daquela carteira”, comenta.
Já para Reinaldo Domingos, presidente da DSOP e educador financeiro, como forma de reduzir a alta da inadimplência, os varejistas, principalmente, devem procurar outras formas de pagamento, promovendo, por exemplo, mais a venda à vista. “O nosso comércio deve oferecer mais condições à vista, e parcelas com taxas menores, pois na visão do crédito, as instituições estão cada vez mais precavidas, mais estruturadas, tem seus limites de quanto podem emprestar. Isso apenas reforça que o consumidor tem o desafio de conscientização, que é dosar o crédito, ou seja, o endividamento, a patamares menores que 30% do meu ganho líquido mensal. O consumidor não deve ultrapassar esse sinal vermelho, que é uma premissa para a inadimplência”, alerta.
Qual é a melhor forma de reduzir a inadimplência? Deixe a sua opinião na enquete do Portal Crédito e Cobrança.

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