O próximo desafio

Com perspectivas mais positivas em relação ao próximo ano, o mercado de crédito automotivo tenta encontrar o ponto de equilíbrio perante a alta inadimplência vista no ano de 2012. O PIB, menor do que o esperado nas previsões do primeiro semestre, aliado a queda da confiança do consumidor, são outros fatores importantes ao crescimento mais tímido do setor automobilístico em 2013. Porém, como avalia o superintendente executivo da Santander Financiamentos, André Novais, o desafio do momento às financiadoras é justamente privilegiar a rentabilidade, adicionando mais qualidade ao crédito.

ClienteSA – Como você avalia o mercado de crédito para o setor automotivo este ano? Como a atual conjuntura econômica está se refletindo neste cenário?
Novais: O mercado de crédito está mais aquecido para o segundo semestre do ano, mas comparado com o ano anterior antevemos uma queda por causa dos fatores econômicos do mercado como o PIB, onde a tendência aponta para um crescimento menor do que estimado no inicio do ano (PIB de 3% para 2%). Além disso, outro fator que determina este cenário para o mercado de crédito é a relação entre a queda da confiança do consumidor e o incremento na taxa de juros, que é desfavorável ao setor automotivo.

As financiadoras estão gerindo de forma eficaz o crédito automotivo, para assim acompanhar este mercado? Quais são os desafios do Santander?
Em meio ao cenário adverso, privilegiar a rentabilidade é o principal foco para as financeiras. Acompanhamos o mercado com promoções competitivas, tentamos chegar a um ponto de equilíbrio entre o prazo e o percentual de entrada e procuramos oferecer um crédito de qualidade que é o nosso principal desafio. 
Desta vez, quem é o alvo das financiadoras? 
O posicionamento das financeiras está na classe média, perceber-se, também, que existe um novo foco de atuação em classes mais altas, potencializando assim os financiamentos para automóveis de valores mais altos (segmento premium). 
Como os níveis de inadimplência estão afetando este mercado?
O mercado vem apresentando uma melhora na qualidade de ativos de forma geral. Um dos principais fatores foi a mudança na política de concessão de crédito aos indivíduos. Se priorizou créditos de até 48 meses de duração e se incrementou o percentual de entrada exigido. Esses dois fatores fizeram com que a qualidade das operações melhorasse. Na mídia, podemos detectar que uma redução da inadimplência de 3,5 % em julho de 2013, e quando comparado com 2012 se percebe uma queda de 5 %.
Quais são as suas perspectivas de crescimento deste setor para o próximo ano?
Se o governo mantiver a redução do IPI, a perspectiva para ao próximo ano é de uma menor queda comparada a 2013, se estima uma redução suave de aproximadamente 0,5% na carteira total de mercado. 

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O próximo desafio


O segmento de callcenter consolidou-se nos últimos anos como importante fonte de receita em serviços e grande gerador de oportunidades de empregos. Com taxas contínuas de crescimento anuais próximas a 30%, atingiu números impressionantes e passou a ser observado por autoridades e pela mídia. Muito deste crescimento ocorreu devido a modernizarão dos serviços bancários e da explosão de consumo dos aparelhos celulares.

Estes fenômenos passaram a dar sinais de saturação. Para os próximos anos não podemos esperar que o acréscimo do segmento venha a ser sustentado por estes dois mercados: bancários e telefonia móvel.

As melhores idéias, as soluções mais criativas, os produtos inovadores que revolucionaram o consumo e o comportamento do homem surgiram sempre em momento de estabilidade, ou mesmo de depressão e crise. Não é este o cenário que se projeta para o segmento de callcenter nos próximos anos, mas o mercado deverá buscar alternativas para sustentar o crescimento esperado.

Mas onde estão as oportunidades? Onde há fila, há uma ótima oportunidade para otimizar o atendimento, e conseqüentemente há negócios a serem explorados pelos callcenters. O cidadão, o consumidor e o cliente ainda podem abreviar muito do seu tempo perdido no atual modelo de atendimento presencial, substituindo-o pelo serviço de callcenter. Vai aí um desafio a nossos profissionais de produto e marketing. Vamos buscar novos negócios onde hoje há fila.

Combinar as informações disponíveis em diversas bases, estruturando-a de maneira a poder oferecer serviços adicionais aos consumidores, aproveitando os robustos mailling existentes. É a hora de debruçar-se sobre todas as informações que obtemos e mantemos em nossos sistemas e buscarmos idealizar novas aplicações, que possam gerar receitas suplementares para nossos negócios ou aos nossos clientes, oferecendo valor agregado a seus consumidores.

A indústria automobilística brasileira tem aproximadamente 50 anos, as primeiras exportações de veículos ocorreram apenas na década de 80, foram os primeiros Passats a serem exportados para o Iraque. Atualmente a industria automobilística exporta e exporta muito.

Os executivos de call center devem observar com carinho esta oportunidade não observar apenas a distancia, como um sonho inatingível. Começar sim hoje, a buscar viabilizar negócios com parceiros internacionais. A vocação para exportar serviços não se faz imediatamente mas é chegada a hora de lutar por uma fatia significativa deste mercado.

É isto aí, os próximos anos serão diferentes, depois da festa do crescimento de 30% ao ano é hora de usar a criatividade buscando novos mercados internamente e externamente. Conhecendo um pouco dos líderes deste segmento certamente os consumidores, clientes e cidadãos terão surpresas maravilhosas nos próximos anos.

Afinal: ímpeto, criatividade e dinamismo não lhes faltam.

Osmir Fernandes, vice-presidente do Sintelmark e professor da Unicamp no curso de gerenciamento de call center.

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