Não são raros os casos de empresas contratarem profissionais experientes e com cases de sucesso no currículo. Principalmente em momentos de crise, onde as coisas precisam ser vistas e revistas por outras perspectivas. Entretanto, neste processo de contratação de um novo colaborador, acabam ficando esquecidos os demais funcionários da empresa e que só estão esperando uma oportunidade. É claro que ele deve se destacar e demonstrar interesse em exercer a função de líder, mas se a empresa não possuir uma boa comunicação interna, é possível que profissionais assim passem despercebidos aos olhos dos gestores. Neste instante, um questionamento deve ser feito por parte destes gestores: eu estou sendo um bom líder?
“O trabalho de autoconhecimento (autoliderança) é também fundamental porque ele proponha um questionamento constante para que o desenvolvimento profissional siga num processo evolutivo”, explica Heloisa Capelas, diretora do Centro Hoffman e especialista em autoconhecimento e inteligência comportamental. Por meio desse processo, poderão ser revistos princípios e valores, e se eles ainda estão alinhados com a proposta da empresa. Afinal, o líder é uma representação da empresa perante os colaboradores. E se ambos não andarem lado a lado, o engajamento por parte dos funcionários não será o mesmo.
Para tanto, é preciso entender que tanto o processo de auto-análise quanto de formação de um líder dentre os colaboradores é preciso tempo. Assim, a empresa que deseja contribuir com o desenvolvimento do profissional, precisa respeitar todas as fases, fazer um bom planejamento, instrumentalizar tecnicamente, dar condições e não acelerar a formação sem que a pessoa esteja realmente preparada. “Quando a empresa tem a oportunidade ver de perto o crescimento do seu funcionário, quando consegue acompanhar a sua evolução e a maneira como ele lida com os desafios e se relaciona com sua equipe, ela consegue ter mais segurança para promovê-lo ao papel de líder”, conclui Heloisa.