Fórum conta com 144 membros, entre eles nomes de peso na representatividade de negócios no país e na expertise em contratação de refugiados
A Foundever e diversas empresas brasileiras se reúnem, hoje (02), pela quarta vez, para discutir melhorias, desafios e oportunidades na contratação de refugiados no país. A atividade “Fórum Empresas com Refugiados” é realizada pelo Acnur e por parceiros que compõem esse ecossistema de inclusão no mercado de trabalho.
O Fórum conta com 144 membros, entre eles nomes de peso na representatividade de negócios no país e na expertise em contratação de refugiados. Entre as companhias participantes estão: A.C. Camargo, Accor, BRF, Tenda, Albert Einstein, Iguatemi, Lojas Renner, Vagas.com, Sodexo e diversas outras marcas.
O CEO da Foundever no Brasil, Laurent Delache, reforça o compromisso firmado junto ao Pacto Global, que busca promover a ampliação da inclusão de refugiados em sua empresa. O acordo prevê a retenção de mil profissionais nos próximos anos e, atualmente, a companhia já conta com quase 700 colaboradores refugiados admitidos.
“Nós estamos empolgados para este encontro porque, além de ser um momento de importante troca de conhecimento entre as empresas que participam do Fórum, é também uma oportunidade de promover novas parcerias com lideranças. A Foundever está disposta a colaborar ainda mais com essa cultura que fortalece os negócios e, ao mesmo tempo, impulsiona a inclusão”, reforçou Delache.
Segundo o executivo, “com os pedidos de refúgio no Brasil atingindo recordes nos últimos anos — aumento de 16% em 2024, com 68.159 novas solicitações registradas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) no mesmo período —, é fundamental que as empresas participantes do Fórum se concentrem em desenvolver uma cultura sólida de contratação de refugiados”.
A Foundever já pratica a contratação de refugiados, de diversas nacionalidades, desde 2015. O monitoramento da companhia aponta que, ao longo dos anos, foram mais de dois mil profissionais admitidos. Essa cultura de inclusão traz resultados não apenas para esses grupos, mas também gera engajamento entre os colaboradores brasileiros.
“Essas trocas culturais no ambiente de trabalho trouxeram mudanças significativas na governança, na cultura e na gestão de pessoas. Estabelecemos uma comunicação mais transparente, implementamos novas políticas contra o assédio e obtivemos melhorias na satisfação e retenção de talentos. Ganhamos muito ao apoiar esses grupos, que têm tanto a nos oferecer. Somos eternamente gratos”, comentou o CEO.
A história de Richeily: de analista a supervisora
Richeily Hernandez, ou simplesmente Rich, como é conhecida na empresa, é uma dessas histórias inspiradoras. Venezuelana, ela chegou ao Brasil em 2018, em meio à crise econômica que atingia seu país. No início, enfrentou dificuldades com o idioma e a adaptação à nova realidade. Trabalhou como diarista, fez um curso de bolos de pote e, com esforço, aprendeu português.
Com formação em Administração de Empresas e experiência anterior em banco, ela desejava retomar sua carreira. A oportunidade surgiu em 2019, quando conheceu a Foundever. Começou como analista de pesquisas e logo foi promovida a supervisora — cargo que ocupa há três anos.
“A Foundever foi meu primeiro emprego formal no Brasil e também o lugar onde me senti verdadeiramente acolhida. É uma surpresa positiva não apenas ter um trabalho, mas também encontrar espaço para crescer dentro da empresa”, conta Richeily. “Hoje, continuo investindo no meu desenvolvimento, fazendo curso de inglês para me tornar trilíngue, e tenho como objetivo conquistar um cargo de supervisora sênior.”