Evento organizado pela área de estudos de inovação da Ipsos no Brasil debate a forma como a GenAI está transformando a criação e lançamento de novos produtos
A área de Estudos de Inovação da Ipsos no Brasil realizou esta semana o evento “E se a inovação não tivesse limites?” com a proposta de debater como a inteligência artificial generativa está transformando a forma como são criados, testados e lançados novos produtos, com especialistas da Ipsos e líderes de mercado. O debate, realizado em São Paulo (SP), revelou que 75% das inovações não atingem o alvo porque estão desconectadas dos consumidores, uma vez que não possuem a relevância necessária para convencer os consumidores a mudar seu hábito e preferência de compra.
Durante o evento, Marcos Calliari, CEO da Ipsos no Brasil, também destacou que o Estudo Nacional de Patentes de Marcas registrou mais de 440 mil novas solicitações só em 2024, representando um crescimento de 10% em relação ao ano de 2023. “O nível de exigência e relevância em inovação passa a ser essencial em diversas áreas. As tendências globais estão mudando rapidamente e precisamos estar atentos para poder acompanhar”.
A apresentação principal ficou por conta de Fernanda Wajchenberg, líder da área de inovação da Ipsos no Brasil e na América Latina e Nikolai Reynolds, líder de soluções globais de inovação em teste de produtos na Ipsos na Alemanha, que trouxeram as últimas novidades sobre como gerar inovações de produtos mais bem-sucedidas por meio de modelos de IA alimentados por dados humanos. Eles também abordaram o poder de dados sintéticos para otimizar pesquisas e análises de subgrupos, e como ciclos de desenvolvimento de produtos estão sendo transformados pela IA.
“A GenAI não está apenas transformando o desenvolvimento de novos produtos com ciclos de inovação mais rápidos e com taxas de sucesso mais elevadas, mas também está reinventando como as empresas entendem e se conectam com os consumidores”, afirmou Fernanda Wajchenberg. Enquanto Mariana Cieslinski, gerente de inovação na Ipsos no Brasil, abordou ainda a importância da humanização nos modelos de IA e como as ideias de modelos prontos para uso são mais mecânicas, e muitas vezes alucinadas. “Produtos são desenvolvidos para pessoas e não para máquinas”.
Além das apresentações, o evento contou com um painel de discussão para debater o tema. Entre os painelistas presentes estavam Ana Luiza Borges, global brand insights senior manager da Alpargatas; Célia Nishio, head de consumer insights and consumer engagement services da Nestlé e Fernanda Belfort, head de soluções de marketing do Salesforce. A moderação foi de Luciana Obniski, líder de curadoria e estudos de tendências na Ipsos no Brasil.