Marcelo Tokarski, CEO da Nexus

Quase 40% dos brasileiros já tiveram decisão de compra influenciada por IA

Estudo da Nexus mostra também que 63% dos brasileiros já utilizaram ferramentas de IA generativas

O levantamento “Pesquisa e Inteligência de Dados” elaborado pela Nexus, captou diferentes percepções da população sobre as novas tecnologias. Entre as principais estatísticas, a pesquisa revela que 63% dos brasileiros já utilizaram ferramentas de IA generativas (como Gemini, ChatGPT, Veo3, IA do Canva, Copilot ou Midjourney) e 48% efetuaram buscas de informações sobre os mais variados assuntos. Segundo o estudo, 16% usam tecnologias baseadas em IA, literalmente, todos os dias.

Quando se amplia essa periodicidade, a escala também sobe. Isso porque outros 20% fazem esse uso algumas vezes por semana, 9% algumas vezes por mês e 18% raramente utilizam. Considerando esse universo, 45% dos brasileiros utilizam IA algumas vezes no mês. Apenas pouco mais de um terço da população (36%) nunca fez uso de IA.

O uso frequente das ferramentas de IA também está cada vez mais atrelado ao consumo. De acordo com a pesquisa da Nexus, ao menos 37% dos brasileiros já tiveram uma decisão de compra influenciada pela Inteligência Artificial (por exemplo, ChatGPT, Gemini, Grok (do X/Twitter), Meta AI (do Whatsapp).

Esse hábito é maior ainda entre o público de 18 a 30 anos, a chamada geração Z (46%), quem ganha acima de cinco salários mínimos (45%), possui ensino superior (44%), homens (40%) e moradores da região Sudeste (42%). “Não há como negar o impacto dessa geração de conteúdo, o que sugere a necessidade, por parte das empresas, de preparação, estratégia e adaptação à uma realidade que está aí”, analisou Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.

Além das compras, o uso de IA pelos brasileiros está ligado a diversos fatores. A pesquisa da Nexus mostrou ainda que a maior parte desses acessos está ligada à busca por informações gerais (48%), mas também é comum a utilização para estudar ou aprender algo novo (45%), criar conteúdos (41%) ou para lazer e entretenimento (39%). “São funções distintas, o que demonstra a pluralidade que a ferramenta atingiu em tão pouco tempo de presença na vida das pessoas. Há de se ressaltar também outras finalidades nos hábitos de IA: 38% declaram utilizá-la para ajudar em questões de saúde e bem-estar, 38% para automatizar tarefas de trabalho ou de estudos e 37% para melhorar a produtividade”, afirmou o executivo.

Busca por temas complexos

Também não se deve desprezar que 30% dos brasileiros já recorreram à IA para entender sobre temas considerados complexos, como política, economia e ciências. Segundo Tokarski, “as tecnologias já estão presentes no cotidiano de uma a cada duas pessoas, tendência que só faz aumentar, sobretudo quando analisamos a rotina das novas gerações, a evolução baseada em escolaridade e renda. Estamos, portanto, falando de um público consumidor representativo e ávido por novas tecnologias, cujos hábitos são cada vez mais direcionados à IA”.

A pesquisa da Nexus aponta que seis em cada dez brasileiros enxergam como positiva a presença da IA no dia a dia, enquanto apenas 25% veem como negativa. A visão otimista é maior entre homens (67%), quem ganha mais de cinco salários mínimos (65%), jovens de 18 a 30 anos (63%) e com ensino superior (63%). Já a resistência é maior entre pessoas acima de 60 anos (33%), mulheres (31%), pessoas com ensino fundamental (28%) e entre quem recebe abaixo de um salário mínimo (28%).

Com base nessa realidade, a Nexus, empresa de pesquisa e inteligência de dados da FSB Holding, lança no mercado de comunicação a solução estratégica Vox.ia. A ferramenta mapeia a presença de um produto, uma marca ou uma empresa nas respostas dadas pelas IAs generativas, traduzindo o diagnóstico em recomendações práticas e entregando um plano de ação para torná-la a resposta preferencial das plataformas. De acordo com o CEO da Nexus, os modelos de linguagem natural se tornaram o novo espaço onde reputações de grandes empresas e marcas se constroem, mas também podem se perder. “Até pouco tempo, as pessoas buscavam sobre produtos, marcas ou empresas na internet. Hoje, as pessoas perguntam sobre elas. É preciso reposicionar a produção de conteúdo para garantir que as respostas da IA sejam corretas e captem as mensagens-chave que as empresas buscam passar para a sociedade”.

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