Adriana Stecca

Retomada do setor de luxo deve acontecer até 2027

Segundo estudo da KPMG,  as empresas do segmento estão em um momento podem se questionar sobre fundamentos de identidade, proposta de valor e estratégia para o futuro

De acordo com o estudo “O Luxo em Transformação”, realizado pela KPMG, a indústria do luxo está em fase de transformação e a retomada está sendo esperada em até dois anos. Segundo o levantamento, as vendas diminuíram em função dos resultados mistos, declínio dos mercados asiáticos e consumidores cada vez mais difíceis de serem atraídos. A pesquisa sobre tendência para o setor ouviu 180 profissionais da área envolvidos em várias atividades, que falaram sobre gestão de custos, inteligência artificial, diversificação e excelência operacional, entre outros temas.

“Em 2024, pela primeira vez desde a pandemia, as vendas de artigos de luxo caíram. Com exceção do segmento ultra-luxo, como relojoaria e joalheria para certas marcas, todos os demais produtos foram afetados. Os entrevistados estão otimistas com relação ao futuro do mercado. O período atual deve ser aproveitado como uma oportunidade para encontrar alguma forma de resiliência e enfrentar os desafios que se impõem a elas. Além disso, é um momento para que elas possam se questionar sobre fundamentos de identidade, proposta de valor e estratégia para o futuro”, explicou a especialista em moda e luxo da KMPG Brasil, Adriana Stecca.

O estudo apontou ainda que as empresas dispõem de vários recursos para responder às dificuldades atuais. Incluindo o fato de reforçar a sua resiliência e, ao otimizar os custos, revisar as operações e estratégias de preços, posicionamento de mercado ou até mesmo presença física, as marcas poderão mitigar os efeitos da desaceleração. Quando questionados sobre como recriar o desejo pelo luxo, os entrevistados disseram que as marcas, para retomarem o rumo do crescimento, devem dar um novo sentido ao luxo, um passo necessário na preparação para o futuro.

Segundo Stecca, “as empresas precisam apostar naquilo que as torna únicas e se reconectar com a promessa original do luxo como a exigência de qualidade sustentada por conhecimento excepcional, criatividade extraordinária e experiência exclusiva. Tão evidentes quanto essenciais, são esses pilares, provavelmente enriquecidos pela inovação e conciliados com a indispensável exigência ambiental e social, que permitirão às marcas reacenderem a chama do luxo e fazê-la brilhar por muito tempo”.

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