A LÍNGUA DO “p”
“Peu, pgos, pto, pmui, pto, pde, pvo, pcê!”
Essa brincadeira de criança, antiga sem dúvida, era usada para que as frases fossem cifradas, uma escrita enigmática e secreta, preferencialmente o emissor e o destinatário estariam aptos a entender ou decodificar. Quanto mais rápido fosse pronunciada, o grau de dificuldade para o entendimento aumentaria em igual proporção.
Incorporada a tecnologia, pode-se dizer que a brincadeira virou língua corrente na comunicação eletrônica, e mais ainda caracteriza a geração “y”. Abs representa “abraços”, “kkkkk” é a reprodução da gargalhada e rrrrsss do riso, e por aí vai a “linguagem clicada”.
Esteriótipo? O preconceito lingüístico existe e é perceptível nas categorizações das pessoas conforme a linguagem que usam ou deixam de usar.
A geração “y” talvez seja uma forma em identificar aquilo que não é familiar, que está num novo tempo e usa uma nova forma de comunicação: ágil, pontual e contaminante.
Essa demanda está interagindo nas redes sociais eletrônicas, conectando pessoas, empresas e órgãos públicos. Demonstrando que as Ouvidorias além de ouvintes devem também saber se comunicar para que cumpram o papel de interlocutores.
“pvo, pcê, pgos, pta, pdes, pse, pde, psa, pfio?”