Primeiro a propaganda, depois o caos, depois as primeiras providências. Assim ocorre com algumas empresas bastate conhecidas. Primeiro fazem propaganda em alta escala de produtos e serviços. Depois vendem para os clientes que acreditaram que a propaganda não era somente uma retórica de marketing. Depois que vendem é que vão ver como vão entregar. Não entregam. Caos. Daí vão à mídia de novo com mais propaganda em alta escala informando que estão preocupados, que estão revolucionando e reformulando tudo, que estão aumentando a infra-estrutura em 85%, fazendo pesquisa de satisfação e mais outras tantas coisas que já deveriam estar prontas para cumpir a primeira promessa da primeira propaganda.
É curioso ver como empresas gastam rios de dinheiro para explicar que estão tentando fazer uma coisa que diziam que faziam quando anunciaram, ou pior, venderam, do que investir adequadamente desde o início para prestar o serviço prometido Um modelo de gestão que merece, no mínimo, ser estudado. Se eu fizer isto, vou preso. Imagina, vender algo que não tenho para entregar e ainda por cima atender mal ao coitado que comprou.
Enfim, com toda esta revolução e preocupação, ainda que sincera e efetiva, o processo esbarra na falta de bom senso e no mínimo de senso de realidade das centrais de atendimento.
Veja você leitor ou leitora, coisinha simples. Tenho um telefone direto no escritório que por vezes eu desvio para o telefone celular, para que possa atender chamados em qualquer lugar. As vezes, é claro, eu saio do escritório e esqueço de programar. Daí liguei para a reformulada central simplesmente para perguntar se tinha como acessar o correio de voz da linha de outro lugar. Eu sei que tem esta possibilidade, pelo menos tinha. Continuo sem esta informação. Depois de navegar por uma árvore de voz interminável, teclar meu telefone duas vezes, conseguir ser atendido veio a pergunta: qual o seu número de telefone?
Depois começou a me perguntar aquelas coisas para minha segurança, que era para poder fazer o atendimento, eu voltei e perguntei: mas eu só quero uma informação que não tem nada que ver com isto….
O infeliz encerrou a chamada na cara dura! Como se eu é que fosse o impertinente. Com tanta revolução e reformulação uma informação simples a dita empresa não consegue fornecer.
É gente…. propagandear, alardear e se fazer de poderoso é preciso…. entregar, atender e informar .. não é preciso!
Aliás alguma leitora ou algum leitor sabe esta informação? Se sim, por favor….
Até a próxima!
