O MEU EVEREST é um livro que conta a experiência de uma pessoa comum fazendo algo incomum. Luciano Pires é um executivo de uma multinacional que acredita em um sonho e batalha para transformá-lo em realidade. E nas páginas de um livro inspirador e gostoso de ler, compartilha os resultados de seu seu sonho. E nos empurra para buscar os nossos. Sim, e por que NÃO?
Luciano é um sonhador, um inovador. E um grande “marketeiro”, no sentido positivo da palavra! Talvez por isso, escreva com uma linguagem muito direta, emotiva e despojada. Seu livro é quase um bate papo.
Já na introdução, ele se mostra avesso aos esteriótipos e modismos. Nada de período sabático. Era uma viagem de férias de um executivo. Estressado sim, mas sem demagogia. Algumas de suas experiências acima dos 5.000 metros de altitude transformaram-se em lições de vida. São 24 capítulos de um sonho, passo a passo, um de cada vez, bem devagar…
Nos primeiros capítulos, Luciano explica a sua febre pelo Everest. Desde os antigos exploradores, passando por Indiana Jones e outros menos famosos, até os diversos livros de referência. Ele conta em detalhes a sua preparação para a viagem, com pesquisas, agências e pacotes de viagem, equipamentos e até a sua preparação física. Além da história do trekking, ele compartilha seus ensaios em Itatiaia (RJ) e vai até a chegada em Kathmandu, no Nepal. E com direito a primeira visão in loco do Everest, pela janelinha do avião. De lá, direto para o minúsculo aeroporto de Lukla.
No dia 3 de abril de 2001, ele começa a subida em busca do sonho. A partir do capítulo 6, sente-se o gostinho de Himalaia. A aventura nas trilhas, pequenas vilas e montanhas, com subidas e mais subidas, os companheiros de viagem, os Sherpas e o Yeti. São dez capítulos de descobertas, risadas, medos e lições. E neve e muito frio!
No capítulo 15, Luciano finalmente alcança o objetivo: o seu Everest. A narrativa da sua chegada ao Campo Base do Everest é carregada de expectativa e muita emoção. Ali estava o seu sonho. Aliás, ele faz questão de deixar bem claro que ele não escalou o Everest. Segundo as suas próprias palavras, “não escalei, porra. CAMINHEI. Fiz um TREKKING”.
Enfim, fascinado com a Cascata de Gelo, com os alpinistas que se preparavam para a escalada ao pico mais alto do planeta, com a descoberta de seu ritmo, as barracas, as pedras, as fendas, a neve, o gelo. E ele consegue transmitir tudo isso. Quase dá para ouvir o estrondo das avalanches durante a noite no acampamento.
Depois, tudo é descida mas nem todo santo ajuda. Vem o cansaço, o medo da cegueira da neve, o abominável Homem das Neves… e uma dor de dente. Inacreditável. Ele estava preparado para quase tudo: o mal da montanha, um edema, uma avalanche ou perna quebrada. Menos para isso.
Do dia 18 de abril de 2001, data do retorno a Kathmandu, em diante, tudo é história de um vencedor e seu sonho. A felicidade ingênua ao reencontar uma simples privada, a análise dos riscos da viagem, a alegria de um mundo sem rodas, a volta para casa e para a família. Impossível passar impune por uma experiência dessas.
Na sequência, o autor nos presenteia com um álbum de fotografias, mesclando fotos de um “simples” diário com verdadeiros cartões postais. Se uma imagem vale mais que mil palavras, imagine 20 páginas… E aproveita para passar algumas dicas práticas, como escolher sua bota, bastão de trekking, saco de dormir e mochila. Pode parecer um detalhe, mas faz uma enorme diferença lá no ar rarefeito. Palavra de peregrino…
A partir da 3ª edição do livro, Luciano surpreende adicionando um capítulo ao livro publicado, onde conta o que aconteceu “Três Anos Depois”. Neste capítulo-bônus, ele conta a sua trajetória pós-livro. Ele faz questão de compartilhar todo o seu percurso desde o fim da viagem até as suas palestras e entrevistas. Primeiro com o site, depois o livro e toda a batalha para colocá-lo no mercado, os artigos, a estratégia de marketing. É uma aula de relações públicas aplicada. Um plano pronto para os candidatos. E um mega-empurrão para os novos autores.
“O MEU EVEREST – Realizando um sonho no teto do mundo”
Luciano Pires