Adesão à lista antitelemarketing é menos de 1%, diz jornal



O Jornal da Tarde de hoje traz uma matéria sobre o bloqueio de ligações de telemarketing. Segundo a publicação, o número de consumidores que aderiram à lista representa menos de 1% das linhas telefônicas do estado de São Paulo.


O texto diz ainda que o Procon-SP já recebeu cerca de 800 reclamações sobre o descumprimento da lei, sendo a metade considerada procedente. Um dado considerado bastante positivo pelo órgão é a participação das empresas na lista: mais de 2.400 se cadastraram para ter acesso à lista de linhas bloqueadas. Confira a íntegra da matéria:

 

Antitelemarketing: adesão ainda baixa

 
Dos 55 milhões de linhas fixas e móveis existentes no Estado de São Paulo, 460.807 estão listadas


Carolina Dall´Olio – Jornal da Tarde


Quase três meses depois do início do cadastro para bloqueio de ligações de telemarketing – o Procon-SP começou a coletar as inscrições de interessados em 27 de março -, 460.807 linhas já estão impedidas de receber ligações de empresas que queiram oferecer seus produtos e serviços por telefone. No total, 259.318 consumidores já pediram para não ser incomodados pelos vendedores.

O número de linhas bloqueadas representa menos de 1% do total de 55 milhões de linhas fixas e móveis do Estado de São Paulo. Ainda assim, o Procon-SP considera “representativa” a adesão até agora. “A quantidade não é o principal. O importante é que as pessoas que se sentiam incomodadas ganharam um instrumento que lhes garantisse a privacidade”, diz Paulo Arthur Góes, diretor de fiscalização do Procon-SP.


Até agora, o órgão recebeu 800 reclamações. Mais da metade foi considerada procedente. Nesses casos, as empresas foram notificadas e, se constatada a infração, podem receber uma multa que varia entre R$ 212 e R$ 3,1 milhões.


Já as reclamações consideradas não-procedentes foram principalmente ocasionadas por ligações de entidades filantrópicas – situações em que o bloqueio não se aplica. “A lei trata especificamente das relações de consumo”, explica Góes. “Portanto, as instituições de caridade não podem ser impedidas de telefonar e o Procon não tem o que fazer.”


Além da adesão dos consumidores, o Procon-SP comemora ainda a participação das empresas. Mais de 2.400 empresas se cadastraram no programa para ter acesso à lista de linhas bloqueadas. “Isso significa que elas estão interessadas em cumprir a lei e respeitar o consumidor”, afirma Góes.


O Procon-SP argumenta ainda que a lista de linhas bloqueadas serve de filtro para as empresas trabalharem. “Elas só vão ligar para quem de fato se interessa em receber as ofertas. Isso representa um ganho de eficiência”, diz o diretor do Procon-SP.


A Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente (Abrarec) estima que a nova legislação tenha provocado 50 mil demissões de operadores de telemarketing. “Perdemos postos de trabalho em um momento em que esses cortes não poderiam ter acontecido”, declara Stan Braz, diretor executivo da Abrarec. O Procon-SP contesta o número e diz que os eventuais demitidos podem ser realocados em SACs.


COMO FAZER



  • Na página www.procon.sp.gov.br, clique botão do lado direito em que está escrito “bloqueio ao telemarketing”. Surgirá a tela de apresentação sobre o bloqueio. Entidades filantrópicas e empresas de cobrança ficaram de fora da lei.


  • A primeira opção nesta tela é clicar direto no acesso ao cadastro. Esta etapa também traz um material informativo (em forma de cartilhas) para o consumidor solucionar suas dúvidas.


  • Nesta página, clique no primeiro botão “Bloquear ou desbloquear número” e em seguida clique na opção “cadastro de bloqueio”, no menu à esquerda, quando surgirá a tela para inserir seus dados pessoais.


  • Preencha o formulário com nome completo, RG, CPF, endereço, CEP e e-mail, e informe as linhas a serem bloqueadas. A senha será enviada por e-mail e pode ser usada até para cancelar o bloqueio.

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