Olá Fanáticos
por Carroças!
É necessário, nos
primeiros parágrafos deste artigo, relembrarmos a história.
Eleito no segundo
turno do disputadíssimo pleito de 1989, ao derrotar o então candidato Lula,
Fernando Afonso Collor de Mello
assumiu a Presidência da República Federativa do Brasil no dia 15 de março de
1990.
Ainda em campanha,
Collor, comparando a indústria automobilística brasileira com a internacional,
declarou: “…os automóveis brasileiros
parecem carroças…”
Pouco tempo depois,
o efeito desta declaração resultou em um projeto de lei, aprovado em abril de 1990 pelo Congresso Nacional, permitindo
a importação de aproximadamente 300 produtos, entre eles automóveis.
Quem não se lembra
do comercial da FIAT, anunciando a chegada do Tempra, içado, desembarcando de
um navio (sonho de consumo de muitos)?
Os mais velhos,
antenados e apaixonados por automóveis, lembrarão também dos modelos da Lada
(veículos da antiga União Soviética) e dos modelos da KIA (veículos da Coréia
do Sul), que com a Besta (seria uma homenagem?), conquistaram espaço e fizeram
forte concorrência com a Kombi da Volkswagen, que dominava sozinha o mercado
naquele momento.
Alguém tem alguma dúvida, de que a declaração do Collor estava coberta
de razão?
Mas o que aconteceu
após essa Declaração e todas as mudanças que o mercado automobilístico sofreu
desde o início da década de 90?
Se fizermos hoje, uma nova Comparação entre a indústria brasileira e a
internacional, qual seria o adjetivo que poderíamos usar?
Fazendo essa
análise, sou obrigado a perguntar: até
quando a Hyundai pretende empurrar “goela abaixo” do brasileiro esse
fantástico Tucson, quadrado, com design ultrapassado e com tecnologia básica (e
olhe lá)?
Por quanto tempo a Fiat fez o mesmo com o Uno (aquele quadrado) e a
Volkswagen com a Kombi (caixa de lata)?
Nossas Carroças evoluíram e Carroça é
o que mais temos em nossas linhas de produção!
Vou analisar apenas a Hyundai, mas lhes garanto que, a situação que
abordarei, ocorre com praticamente, TODOS
os Fabricantes.
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No Paraguai, não existe mais a Tucson que temos aqui e que já está na
versão 2016 (Tucson: o SUV Incomparável). - ·
E na Bolívia! Bem, na Bolívia também não tem esse Tucson! - ·
No Uruguai, fantástico mercado automobilístico, tem Tucson, mas não é
igual ao nosso.
Mais do que isso, nos três países citados, existem modelos (outros
carros) mais modernos que os nossos e ainda, modelos que não fazem parte do nosso dia a dia, como a Creta, SUV moderno, menor
que a IX35. Vale ressaltar que a IX35 nestes países é diferente da nossa e mais
moderna, chamada de Tucson…
E por que isso acontece?
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Porque o Consumidor Brasileiro não dá
valor ao seu dinheiro! - ·
Porque somos desinformados e não
pesquisamos o que acontece no resto do mundo, mesmo que o resto do mundo faça
fronteira com o Brasil! - ·
Porque não brigamos e não exigimos o melhor! - ·
Gostamos de ser enganados! - ·
Estamos acostumados com as Carroças!
Acredite, quero ser sincero, mas não quero perder a classe. Mas tenho
outros muitos motivos, que guardarei no fundo da minha ignorância…
Essa sensação de Idiota,
Consumidor Idiota, fica ainda mais evidente e revoltante, quando olhamos
números. Veja:
Setor Automotivo no Mundo
Setor Automotivo na América Latina
Vamos esquecer Paraguai
e Bolívia, que sequer aparecem nos números acima, por sua importante relevância.
O Uruguai vende 50 (cinquenta) vezes
menos Carros que o Brasil, que por sua vez é responsável por praticamente metade das vendas da América Latina.
Somos então o maior mercado da
América Latina, e vendemos sozinho o que México, Argentina, Chile e Colômbia,
vendem juntos.
E o que merecemos?
Carroças!
Não comparei e não compararei Preços Praticados e Tecnologias
Utilizadas, para que este artigo não
cause suicídio coletivo.
Abraços,
Alessandro Xavier
Veja
você mesmo:
http://andemos.org//img/29-02-2016_13:29:59.pdf
https://www.hyundai-motor.com.br/nossos-modelos/suvs/tucson/
https://www.hyundai-motor.com.br/nossos-modelos/suvs/ix35/
http://www.hyundai.com.uy/modelos/nuevatucson.php#
http://www.hyundai.com.py/public/img/catalogo/newtucson.pdf