Fevereiro: Carnaval

O mês de fevereiro é marcado pela realização do Carnaval em todo o Brasil. Independente do folclore de cada Estado que influencia na maneira como essa festa popular é comemorada pelos brasileiros, é um acontecimento importante no calendário de comerciantes e prestadores de serviços ligados ao turismo direta ou indiretamente.

A atração do carnaval brasileiro também se revela no alto índice de adesão de estrangeiros ao desfile das escolas de samba. A magia de um percurso pequeno da avenida ou do sambódromo é percebida por quem assiste e serve de fonte motivadora para a aventura de integrar um bloco ou uma ala temática da escola de samba. Contagiante!

Uma reflexão sobre o Carnaval merece a apreciação em várias dimensões.

A marca do empreendedorismo pela logística dos ensaios nas quadras da escola de samba durante um ano para que a somatória dos participantes se expresse na apresentação na mesma cadência e ritmo. “Sem atravessar”!

O traço de cultura popular enaltece a estória oral, as lendas, o folclore, como também demonstra pelo enredo a crítica aos costumes, à política, entre outras expressões genuínas que encontra nesse espaço visibilidade.

A dedicação de comunidades ligadas às escolas de samba que vêem nesse momento um resgate social de pertencimento a um grupo, de reconhecimento, de um valor como pessoa que contribui para um espetáculo grandioso que coloca em simetria todas as classes sociais.

O interesse de acadêmicos que se debruçam a estudar as raízes de uma festa pagã que evoluiu, se adaptou e se tornou ícone de um país em desenvolvimento como Brasil.

A dimensão motivacional para a realização do Carnaval é surpreendente. Esse aspecto merece uma atenção especial de todos que desenvolvem atividades nessa área, inclusive as ouvidorias, pois aí se encontra uma forma natural e espontânea de participação a ser aprendida.

Num paralelo, pode-se dizer que as ouvidorias perseguem a cultura da participação,e para tanto motivam, estimulam e valorizam as iniciativas de adesão a esse propósito. No entanto, a cidadania subjacente à uma reclamação nem sempre, por si mesma, atinge esse objetivo.

Há que se aprender!