Um dos grandes méritos sociais do setor de relacionamento com clientes está no fato dele ser o maior gerador do primeiro emprego no Brasil. Embora isso seja fantástico, traz para cada gestor de operação uma responsabilidade gigante: a de formar profissionais. E, eu diria além: auxiliar na formação de cidadãos, já que toda empresa tem grande importância nisso.
Formar profissionais vai além de capacitar e apoiar as pessoas no desenvolvimento de seus trabalhos no dia a dia, significa transmitir valores, dar o exemplo e deixar claro o que pega bem e o que pega mal, com uma visão de futuro – em longo prazo – e não somente com a preocupação de onde ele está hoje (imediatista).
Quando uma pessoa não tem referência profissional, como é o caso do jovem que ingressa nos nossos contact centers, tudo o que ela observar em seu gestor a ajudará a formar imagem do “mundo” em que está inserida e decidir se ela quer ou não fazer parte dele no futuro. Pode parecer algo simples, mas é essa referência profissional que a fará decidir por seguir carreira no setor ou utilizá-lo somente como uma ponte “conveniente” para outros objetivos.
Ao observar que temos hoje, infelizmente, poucos jovens realmente interessados em seguir carreira na área de relacionamento com clientes, por N motivos, fico reflexivo com algumas questões:
– Será que nossos supervisores foram preparados para esse importante papel social?
– Será que alguns dos péssimos vícios que ainda persistem no setor, como o da derrubada de chamadas e adulteração de dados – infelizmente praticados às claras em alguns locais como se fosse algo normal – não jogam contra essa formação de bons profissionais?
São pontos para se refletir, mas o que é concreto é que as respostas para mudar tudo isso está em nossas mãos. Precisamos fortalecer e resgatar valores, para que esses jovens criem uma nova história e uma nova imagem para o nosso setor. E que seja o setor do futuro!
Até a próxima!
Vladimir