“…Veja bem, hoje eu estou com 45 anos, mas não me sinto velho…”
Quantas vezes nós, Consultoras não ouvimos este tipo de comentário? A grande maioria das vezes que entrevistamos profissionais mais maduros nos deparamos com colocações como esta. Quando traduzimos esta frase encontramos um desabafo que soa como um “pedido de socorro” pelo medo de ser rejeitado pelo mercado por ser “mais velho”. Pensando nestes profissionais cabe um alerta: Muitas vezes a relação que as empresas têm a respeito da idade, não necessariamente tem a ver com o vigor físico do candidato ou com o numeral, propriamente dito, que ele carrega dos anos que viveu.
Imagine um candidato em busca de uma vaga de Gerente: Com certeza pelo que for exigido de conhecimento e experiência, um profissional mais jovem pode realmente ter menos chance, mas se o profissional mais maduro não estiver atualizado suas chances é que diminuem.
Conheci outro dia um Coordenador de Operações, num evento informal, que muito reclamava sobre o mercado não valorizar quem é mais velho. Em poucos minutos descobri que ele tinha quase terminado sua faculdade em 1992, fez apenas os cursos que a empresa trazia, desistiu várias vezes do Inglês nunca passando do básico e se pautava na experiência que teve numa multinacional há 9 anos atrás. Pairou na minha mente a pergunta: Se ele mesmo não se valorizou, como o mercado pode fazê-lo?
O que quero dizer com isso é que ter 40 anos, por exemplo, não implica tanto quanto você estar desatualizado em sua área de trabalho. Afinal, se soldado despreparado não vence batalha que exército vai querer ficar desfalcado? Outro item ao valorizar seu perfil:
Sabendo das exigências atuais do mercado, a pro atividade é quem manda. O senhor que eu comentei acima completou a frase a respeito do Inglês: “Mas claro que se a empresa onde eu entrar precisar, aí a gente corre atrás, né”. A empresa com certeza vai precisar… Vai precisar que ele já esteja pronto!
A Flexibilidade também é outro ponto chave. Alguns profissionais mais experientes esquecem que o recomeço exige tanto o conhecimento técnico, quanto sabedoria (que eles já têm), pré-disposição para mudanças e humildade, uma palavrinha muito importante para agregar aliados.
Torna-se competitivo e atraente ao mercado de trabalho é um desafio. Assim sendo, mãos à obra e tente desafiar-se a cada dia.
Prezada Vanessa: excelente a sua matéria. Tenho 49 anos, sou Supervisora de Atendimento e te digo que o grande diferencial é que todo e qualquer profissional deve buscar “conhecimentos”, sempre: atualizações, reciclagem, novos itens que possam agregar mais qualidade ao seu perfil de trabalho. Assim, vejo velhos, ainda moços…e moços, já velhos. Um abraço. Fátima Augusto