Olá!
Uma das coisas mais interessantes quando se inicia um projeto de qualidade empresarial é a identificação de como a empresa se auto-avalia e como ela é avaliada por clientes, parceiros, fornecedores e até pela sociedade.
Muitas vezes, a empresa se acha a tal: completa, justa, super comprometida com o cliente e uma inovadora em seu setor. Mas quando vamos realizar uma pesquisa ou simplesmente acompanhar as ações de relacionamento, percebemos que a coisa não é bem assim.
Então, você pode se perguntar: a empresa mentiu sobre como ela é? Eu respondo que não, ela não mentiu, porque existe a convicção de ser boa naquilo que faz. É só uma questão de auto-imagem distorcida. Fazendo uma analogia, é como o efeito que a anorexia causa nos doentes, embora extremamente magros, sempre se enxergam obesos.
Muitas companhias quebraram no País pelo fato de terem deitado em berço esplêndido! No mundo empresarial nunca se é bom o suficiente para entrar em zona de conforto. Até porque os consumidores já não são tão fiéis como em outros tempos, e o volume de fornecedores de produtos ou serviços alternativos também não são tão limitados como antes.
Mas as empresas não quebraram por terem a auto-imagem distorcida. Elas quebraram porque foram levadas ao estágio da soberba – em que a empresa perde o chão, a humildade, a capacidade e até mesmo a coragem para dar passos atrás e corrigir rumos.
Com os profissionais não é diferente. Inventar e reinventar devem ser práticas do nosso dia-a-dia. Quando perdermos essa competência, estamos fadados ao fracasso. Um amigo meu, diretor de RH, costumava falar que a grande maioria das pessoas é contratada por suas experiências e conhecimentos, mas que as falhas comportamentais lideram com folga os motivos de dispensa. Em outras palavras, empresas e profissionais nunca devem se achar bons demais. Essa máxima, infelizmente, só não existe para serviços públicos e empresas protegidas por regulamentações governamentais.
Abraço,
Vladimir