O FIM DO LIVRO!


“Livro é um volume transportável, composto por páginas encadernadas, contendo texto manuscrito ou impresso” – essa definição do livro como ele é hoje é mais provável que se altere que propriamente o livro acabe.
 
Muitos já discutiram e muita coisa já foi escrita tanto sobre os defensores da idéia de que o livro nunca ira acabar, como dos que acreditam que a mídia escrita tem seus anos contados.
 
Para quem acredita que o livro impresso nunca irá acabar, basta pensar um pouco em quem achava que CD veio pra ficar e ver hoje que até o DVD respira ironicamente por aparelhos, também graças a dificuldade em piratear bluray e ao preço dessas mídias.
 
            Perguntar para um adulto se acredita que o livro vai acabar é bem diferente e por diversas razões fazer essa mesma pergunta a uma criança de 10 anos que usa o Google como dicionário e nunca conheceu vinil, disquete, fita VHS ou TV com tubo de imagem. Principalmente em tempos de sustentabilidade e de economia de recursos naturais, como preservação das árvores, matéria prima do papel.
 
            É bem verdade que no caso dos livros existem muitas razões e fatores que nos permitem pensar que ele é imortal, haja vista que depois da fala, a comunicação escrita é que o que de fato levou o conhecimento e informação através dos tempos e através dos continentes, tendo a Bíblia como o grande instrumento dessa popularização.
 
            O impressionante é que a principal revolução tecnológica do mundo, a internet, não só não acabou com o livro, como impulsionou sua venda como nunca se viu, fazendo inclusive crescer a gigante Amazon, que foi a primeira a criar um dispositivo de leitura eletrônico, o Kindle, que ao contrário de uma tela normal, não cansa os olhos, pois não emite luz e é possível virar as páginas literalmente com os dedos. Hoje já é incalculável o número de leitores, o número de livros gratuitos e é improvável que não apareçam melhores leitores eletrônicos, mais avançados e próprios a leitura de longa duração.
 
            Os livros se tornaram o principal comercio na internet, principalmente pela falta de uma simples livraria na maioria das cidades fora dos grandes centros e esse aumento de vendas promete continuar por muito tempo, principalmente no Brasil, onde a tecnologia ainda não esta ao alcance de todos e o próprio contato da criança com um livro em algumas cidades já é um salto em um país de analfabetos funcionais, que lêem mal e interpretam mal.
 
            Estamos em um tempo em que uma das maiores bibliotecas do mundo, a Universidade de Cambridge,com seus mais de 8 milhões de exemplares caberiam perfeitamente em apenas um disco rígido de 1 Terabyte, e onde é possível por exemplo, acessar de qualquer lugar do mundo, as anotações do famoso físico Isaac Newton, que foram digitalizados em 2011 por essa conceituada universidade inglesa.
 

            O mais importante não é saber quando ou se o livro irá acabar, mas em que e como ele ira se transformar, seja impresso ou eletrônico, de capa dura ou pelo celular, o mais importante é que ele chegue cada vez mais em todos os lares. Investir em aplicativos de leitura ou de venda, seja da mídia impressa ou livro digital, sempre serão promessa de retorno

0 comentário em “O FIM DO LIVRO!”

  1. Na Inglaterra, enquanto as vendas de livros impressos aumentam, as vendas de Kindle caem. O cenário vai ao encontro de uma pesquisa da Nielsen, de 2014, que afirma que 67 dos livros comercializados nos EUA são impressos.

    Outro dado curioso divulgado pela Nielsen, em dezembro passado, é de que os adolescentes heavy users de novas tecnologias preferem os livros impressos aos e-books. A razão: os jovens costumam emprestar livros aos seus amigos. Commpartilhe: http://www.bookshare.com.br.

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