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Se leis assim resolvem, tenho boas propostas!



Ou falta visão para nossos líderes ou há algo muito errado no ar. Será que minhas aulas de economia na faculdade não serviram para nada?!


 


Não estou encontrando lógica para essa proposta do “Não importune” ou “Não perturbe”. O princípio básico do crescimento da economia não está em “produzir, vender, buscar elevar o consumo, gerar empregos para produzir mais, vender mais e assim por diante” para formar uma sociedade próspera?


 


Sob o pretexto das ações de algumas empresas irresponsáveis que poderiam ser facilmente identificadas e punidas, todas pagarão o pato e correrão o risco de terem suas atividades de televendas neutralizadas. Não sei quais serão os impactos pontuais, mas falar em perda de empregos somente no setor de telemarketing é algo pequeno frente ao potencial do que pode acontecer economicamente. Quanto reduzirá a atividade econômica e quantos empregos se perderão daqueles que produzem e administram os produtos ou serviços que são vendidos por telefone. Será que alguém fez essa conta?


 


Se olharmos a linha de raciocínio que levou a esta lei, que foi a de eliminar ou levar a níveis mínimos de atuação as vendas por telefone, por conta de algumas empresas, repito: irresponsáveis, lanço agora minha candidatura à próxima eleição e conto com você! E vamos nessa mesma linha de proposição de leis que não exige competência e habilidade para se equacionar e resolver os problemas do nosso Estado.


 


Abaixo, o discurso que farei e as leis que proporei para resolver os graves problemas de nossa sociedade:


 


– Se continuam bebendo e cometendo acidentes, fica proibida a produção, importação, venda e consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica. Se ninguém beber, nada acontece!


 


– Se continuam crescentes os casos de câncer causados por cigarro, que se fechem todas as fábricas e se proíba a importação e venda do cigarro. Se ninguém fumar, gradualmente reduziremos o quadro dessa doença terrível e as pessoas viverão mais!


 


– Se continuam matando muitas pessoas com armas de fogo, que se fechem as fábricas e as importações deste material, levando à prisão perpétua quem tiver de porte de qualquer armamento, sem a necessidade de julgamento. Sem armas, teríamos mais paz!


 


– Se as coxinhas, empadinhas e fast foods em geral fazem tanto mal à saúde, o que está infelizmente comprovado cientificamente, vamos caçar a licença e fechar todas as lanchonetes, botecos e fabricantes desse tipo de comida. Se não tivermos isso para comer, voltaremos a comer de modo mais saudável.


 


Não seria fácil resolver essas questões, assim como estão fazendo com a “Do Not Call List” paulista? E olha que a tentativa de venda por telefone não mata, não intoxica e nem leva o sofrimento às pessoas, excetuando-se os inconvenientes de plantão que continuam deteriorando o setor.


 


Ah! E tenho uma última proposta.  Já que por telefone não poderão mais nos importunar, que se proíba a abordagem de religiosos em nossas casas (eles surgem misteriosamente todos os domingos às 7h da manhã), que se proíba as músicas dos caminhões e se crie a campainha identificadora de vendedores de vassoura, pamonha, milho verde, botijões de gás e sorvete dos bairros. Eles sempre aparecem na hora da sessão da tarde. Que saco!


 


Até mais


 


Vladimir

0 comentário em “Se leis assim resolvem, tenho boas propostas!”

  1. Até que enfim alguém surge para levantar nossa bandeira, enquanto milhares de outros se rendem educadamente a esses absurdos anti produtivos. Não sei onde se quer chegar com um cuidado exagerado em algumas áreas e descaso total em outras, irmãs gêmeas do ponto de vista “inconveniência”. Parabéns pelo artigo, aliás todos os seus são bons.

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