Sempre se dá um jeitinho…
Um
fazendeiro ia indo a pé para sua fazenda lá pros cafundó de
Joaima-MG. No caminho, comprou um
balde, um galão de tinta, dois
frangos
e um ganso, todos os animais vivos.
Quando saiu da loja, parou e ficou matutando sobre como levar as
compras para casa. Enquanto coçava a cabeça, apareceu uma mulher que
lhe perguntou como chegar até a Fazenda Baluarte, nos encosto de
Filisburgo-MG.
– Bem, diz o fazendeiro, minha fazenda fica pressas bandas mesm. Eu
podia te levá até lá, mas ainda não resolvi como vou carregá cum isso
tudo aqui.
A mulher sugeriu:
– Cê coloca o galão de tinta dentro do barde, carrega o barde numa
mão, o ganso na outra mão e um frango debaixo de cada braço.
– Muito obrigado! – disse o homem – É uma boa idéia.
A seguir, partiram os dois pela estrada.
No caminho, ele disse:
– Vamo cortá caminho e pegá este ataio pelo mato, que vamo economizá
muito tempo.
A mulher o olhou cautelosamente e disse:
– Eu tô sozinha e não tenho como me defendê. Como vou sabê se quando a
gente entrá no mato ocê não vai avançá em cima de mim e levantá minha
saia e abusá de mim?
– Eu tô carregano um barde, um galão de tinta, dois frango e um
ganso… Como eu ia fazê isso cocê com tantas coisa nas mão? Se eu
sortá o ganso e os frango, eles foge tudo!
– Muito simples, uai: Cê coloca o ganso no chão, pôe o barde invirtido
em cima dele, coloca o galão de tinta prá pesá em cima do barde…
– e os dois frangos?
– eu seguro!