Muitos falam que a reforma trabalhista é boa apenas para as empresas. Porém, as apostas do mercado é de que ela trará ganho para todos. Essa é a visão, por exemplo, de Eduardo Santana Moura, diretor financeiro da Callink, que acredita em um cenário mais esperançoso para os trabalhadores e para as empresas, posto que as mudanças possibilitam uma flexibilização maior das regras. “Isso permite que o empregado e o empregador realizem negociações em que os dois poderão ser beneficiados da mesma maneira”, explica.
O executivo defende que as novas regras vão ao encontro à modernidade, permitindo que o setor tenha novas possibilidades de produção e, concomitantemente, gerem uma qualidade de trabalho melhor para os empregados. “Com toda certeza. Ambos terão mais liberdade para discutir o cenário de trabalho, criando novas possibilidades que satisfaçam a todos os envolvidos”, pontua.
Além disso, com a reforma trabalhista os contact centers terão uma liberdade maior de atuação, segundo Moura, “posto que o abismo e a insegurança jurídica que gerava a diferenciação entre a atividade meio e a atividade fim estará mais clara e regulada”. Isso também permitirá que as empresas tenham um leque maior de serviços e consequentemente pode gerar mais oportunidades de empregos. O diretor financeiro da Callink acrescenta ainda que os contact centers terão maior facilidade para remunerar funcionários por produtividade, trabalhar a possibilidade do trabalho remoto, como também permitir uma flexibilidade no cumprimento de jornada.
Porém, ele alerta que, embora o cenário da reforma trabalhista seja positivo para trabalhadores e empresas, estas terão que se atualizar e colocar em prática, o quanto antes, as condutas exigidas pela Lei. Isso porque se postergarem sua atuação poderão sofrer consequências jurídicas no futuro. “Dada a rapidez com que a reforma trabalhista foi aprovada, as empresas terão que se adequar perante as novas regras, instruindo principalmente seus gestores, as áreas de auditoria e o departamento pessoal, a fim de que não ocorra nenhuma situação que possa ferir os direitos dos trabalhadores”, afirma.