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Em busca do autoequilíbrio

Autor: Luciene de Melo
O brasileiro é o segundo povo mais estressado no mundo. Segundo pesquisa realizada pelo ISMA-BR (International Stress Management Association) em 2016, 70% da população economicamente ativa do país já sofreu de estresse ocupacional. Os transtornos mentais e emocionais são a terceira causa dos afastamentos ocupacionais no Brasil, gerando um impacto de R$80 bilhões em custos relativos a licenças médicas, queda na produtividade, faltas ao trabalho e rotatividade. Além do aspecto financeiro, há o impacto na equipe, uma vez que o afastamento de um colega obriga outro a assumir suas tarefas, aumentando a carga de trabalho e deixando-o também mais predisposto ao esgotamento profissional.
O estresse é uma resposta fisiológica do organismo no intuito de se adaptar perante situações que exijam grande esforço físico ou emocional. É um mecanismo natural e necessário, que coloca o indivíduo em estado de alerta diante de situações de perigo ou dificuldade, possibilitando reações de luta ou fuga, para a autopreservação. Torna-se prejudicial quando o estado de tensão é excessivo ou por tempo prolongado.
No trabalho, o estresse é desencadeado por situações como: falta de apoio, conflitos com a chefia, responsabilidades mal delegadas, ausência de autonomia, trabalho monótono e repetitivo, recompensas inadequadas, excesso de demandas, entre outras. Em tempos de recessão econômica, a cobrança excessiva por resultados e o medo da demissão, devido ao enxugamento dos quadros de funcionários, tornam o ambiente ainda mais hostil.
Os efeitos dessa estafa abrangem dores musculares, problemas digestivos (úlceras, gastrites, gastroenterites), enxaqueca, distúrbios do sono, taquicardia, aumento da pressão arterial, ganho ou perda de peso, dificuldades de concentração, mudança de humor, irritação, agressividade, frustração, baixa autoestima e isolamento social. Além disso, aumenta o absenteísmo, ou seja, as faltas ao trabalho, e o presenteísmo, que ocorre quando a pessoa vai ao trabalho, mas a cabeça está em outro lugar.
A maioria das pessoas com níveis extremos de estresse (burnout) continua indo ao trabalho mesmo sem ter condições, por medo de perder o emprego ou não conseguir voltar, caso se afaste. O acompanhamento psicológico é imprescindível para auxiliar o tratamento desse quadro de saúde.
O objetivo não é eliminar o estresse, mas aprender meios de lidar com ele, de modo que, mesmo nos piores momentos, o organismo não entre em colapso. É promover a resiliência. Para isso, é fundamental conhecer os próprios limites para conseguir regular seus esforços em busca do autoequilíbrio.
A psicoterapia pode ajudar a pessoa a identificar se o que está causando o estresse são fatores externos, do dia a dia, ou internos, como pensamentos disfuncionais, padrões de comportamento, autossabotagem, pessimismo, ansiedade, etc.
Nesse cenário, atendimento psicológicos online ganham destaque pela comodidade, segurança e agilidade, pois possibilitam a realização de consultas de qualquer lugar do mundo. Além disso, as plataformas digitais apresentam números menores de abandono de tratamentos, gerando mais assertividade e chances de alta dos pacientes.
Luciene de Melo é psicóloga, atua como terapeuta cognitivo comportamental e faz parte do quadro da startup Psicologia Viva.

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