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Employee Experience: um novo conceito

Autora: Silvana Mello
Conversando com um cliente anos atrás percebi o quanto ele acreditava nos resultados da pesquisa de engajamento, no entanto eu via que a maioria das pessoas que trabalhava naquela empresa não estava engajada no propósito da organização. Será que as pesquisas de engajamento retratam a realidade? Caso sim, por que alguns estudos e pesquisas apresentados por institutos renomados afirmam o contrário? De acordo com o Instituto Gallup, 87% dos empregados no mundo não estão motivados. Os problemas com Engajamento e Produtividade continuam na estaca zero ano a ano, conforme informações analíticas do Glassdoor. Já em 2017, a pesquisa da Delloite: Global Human Capital Trends demonstra que a habilidade das organizações para endereçar problemas de engajamento e cultura caiu 14%. Além disto, a produtividade dos Estados Unidos está crescendo somente 1% ao ano, mesmo com o aumento de horas trabalhadas e uma diminuição no tempo dispendido com férias de 20 para 16 dias por ano de 2000 a 2016.
 
Estudos apontam para uma nova era onde os índices de clima, engajamento, comprometimento ou satisfação já não suficientes. Há um novo conceito na era corporativa chamado: experiência do empregado. Ele transcende tudo o que foi falado até o momento. A EX ou experiência do empregado diz respeito à criação de uma vivência significativa de trabalho, com suporte diferenciado dos gestores, uma liderança inspiradora que seja capaz de engajar pelo propósito, uma cultura que propicie objetivos claros e transparentes, uma gestão de desempenho ágil e aberta, um ambiente que propicie a mobilidade de talentos e uma cultura inclusiva que abrace a diversidade e um ambiente de trabalho flexível. Algo como um olhar holístico e detalhado sobre toda a experiência que o empregado tem com a organização.
 
No entanto, a mesma pesquisa citada pela Delloite afirma que somente 22% das empresas pesquisadas são excelentes em construir uma experiência de empregado diferenciada e 59% dos respondentes afirmaram que não estão prontos para enfrentar os desafios desse tipo de iniciativa. Tradicionalmente a área de Recursos Humanos tem criado programas de engajamento, cultura, reconhecimento, aprendizagem e liderança de forma independente com ferramentas, consultorias, soluções e gestores internos diferentes. Isto parece funcionar do ponto vista de Gestão de RH. No entanto, o empregado enxerga tudo o que acontece na empresa como uma experiência integrada, desde o momento em que ele é recrutado e entrevistado até os mínimos detalhes.
 
Os desafios parecem ser enormes e exigem uma transformação na maneira como se olha a experiência de fora.  Algumas empresas de ponta têm criado hackathons para coletar ideias dos colaboradores e desenhar novas ferramentas soluções, abordagens abertas e colaborativas que envolvem as pessoas nesta construção. Uma organização feita e desenhada com os princípios da diversidade e compartilhamento de várias ideias com líderes que inspirem o melhor das pessoas tem grandes chances de estar no caminho certo. Em resumo, melhorar a experiência que o empregado tem com a organização interfere nos índices de turnover, retenção de talentos, traz inovação e consequentemente aumento de competitividade. Como diria Jack Welch: “Mude, antes que seja obrigado a fazê-lo”.
 
Silvana Mello é diretora de desenvolvimento de talentos, liderança e engajamento da consultoria LHH.

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