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Modelo atual de gestão está ultrapassado

Grande parte das empresas apresenta, hoje, uma estrutura hierarquizada, com diferentes níveis de autonomia. Normalmente, possuem três camadas estratégicas de responsabilidade empresarial, divididas em níveis operacional, tático e estratégico. Porém, a visão atual de quem está ingressando no mercado mudou, como revela pesquisa feita pelo Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios, com a pergunta “Se você pudesse mudar algo no mundo corporativo, o que seria?”. O levantamento foi realizado com 10.258 jovens de todo o país, de 15 a 26 anos. Em resposta, 36,56% “acabaria com a hierarquia, todos seriam iguais”.
De acordo com a coordenadora de treinamento do Nube, Yolanda Brandão, o papel do líder se transformou nas últimas décadas. “Em sua agenda, deve haver tempo para a equipe, para compreender quais são suas metas na vida, tanto no aspecto pessoal quanto no profissional e assim, traçar estratégias e acompanhar o desenvolvimento de seus colaboradores individualmente”, comenta a especialista, enfatizando alternâncias nos moldes tradicionais de gestão.
Em segundo lugar na pesquisa do Nube, 30,53% disse estar insatisfeito: “mudaria tudo: o sistema está ultrapassado”, somando 3.132 votos. Porém, tal desapontamento não é exclusividade da Geração Y. Na percepção da coordenadora, a busca por mudanças na carreira e início de novos negócios já se apresentava nas gerações passadas. “O sentimento de angústia ocasionado pela incapacidade de solucionar as diferenças entre o cenário idealizado e a realidade acarreta nesse desânimo. As pessoas se imaginam felizes e realizadas em um cargo e, no entanto, o caminho geralmente vem com obstáculos e dificuldades, nem sempre previstas, derivando em frustração.” No entanto, especificamente para as gerações Y e Z, parte da insatisfação é a aparente falta de velocidade para a efetivação de realizações e a impossibilidade de reproduzir tarefas importantes em diferentes áreas, simultaneamente. “As organizações devem manter um espaço saudável de comunicação com esses jovens, pois os mesmos são acostumados a uma vida social agitada e rica, assim como no ambiente virtual e projetam isso também no mundo corporativo”, alega Yolanda.
Em terceira posição, com 19,9%, 2.041 indivíduos encontram-se satisfeitos e “não mudariam nada, já está bem estruturado”. Na opinião da especialista, quem a elegeu “não necessariamente tem informações suficientes para pensar em outro modelo de trabalho possível”, por ainda estarem no início da jornada corporativa. Por fim, 13,01% acredita ser melhor “não ter horário nem local para trabalhar” (1.335). “O home office, por exemplo, ganhou espaço nos últimos anos e permite um trabalho remoto, seja de casa, durante uma viagem, em um café etc”. Para a especialista, mesmo não significando liberdade total, esse molde atende em partes o anseio dos novos profissionais. “Cabe às empresas prover condições, seja na estrutura do setor ou mesmo no desenvolvimento de competências dos colaboradores, para esse modelo vingar”, sugere. “Em contrapartida, é papel do funcionário avaliar se essa também é a melhor opção para ele, pois muitos não se adaptam”, finaliza.

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