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Mulheres no board

As mulheres ainda estão sub-representadas nos conselhos de administração de empresas do mundo todo, apesar dos esforços contínuos de algumas organizações para melhorar a diversidade de gênero nessas instâncias corporativas. Esta é a principal conclusão da quinta edição do estudo “Women in the Boardroom – a global perspective”, realizado pela Deloitte. De acordo com o levantamento, apenas 15% dos assentos dos conselhos de administração das mais de 7.000 companhias analisadas globalmente são ocupados por mulheres. Esse resultado é apenas três pontos percentuais melhor do que os 12% registrados no estudo anterior, cujos dados foram apurados em 2014 e divulgados em 2015.
No mesmo período, o Brasil teve uma pequena evolução de 1,4 ponto percentual entre os dois estudos, passando de 6,3% das cadeiras de conselhos ocupadas por mulheres no estudo anterior para 7,7% atualmente. Com esse percentual, o Brasil aparece na 37ª posição dentre os 44 países listados em ranking pelo estudo da Deloitte, à frente apenas do Chile, México, Rússia, Marrocos, Japão, Coreia do Sul e Emirados Árabes Unidos, nesta ordem. Além disso, somente 1,5% dos cargos de presidente dos conselhos das empresas do país que participaram da pesquisa eram ocupados por mulheres.
“Hoje, as mulheres detêm pouco menos de 8% dos assentos dos conselhos no Brasil. Há um longo caminho a seguir quando se trata de diversidade. Mas as mulheres estão ocupando espaços no mercado de trabalho em maior número do que os homens e com grande vontade de desenvolver suas carreiras. Este fator, combinado aos esforços individuais das empresas, o apoio de ONGs e o interesse demonstrado pela sociedade, me faz acreditar que podemos ver grandes mudanças no futuro próximo”, afirma Camila Araujo, sócia da área de consultoria em riscos da Deloitte Brasil.
Pela primeira vez, o estudo da Deloitte incluiu uma análise por região da relação entre liderança corporativa e diversidade. Foi apurada uma correlação direta entre a liderança feminina nas empresas, que relaciona a presença de CEOs mulheres e diretoras com o estímulo à ocupação feminina de um maior número de cadeiras em conselhos. As organizações com mulheres em posições de liderança superiores (como presidentes ou CEOs) têm quase o dobro do número de assentos nos conselhos ocupados por profissionais do sexo feminino, segundo o levantamento.
Isso ilustra uma tendência importante: de acordo com a ocupação do cargo de CEO e um maior número de cadeiras da diretoria ocupadas por executivas, é provável que a empresa promova uma maior diversidade de gênero na diretoria. No entanto, a percentagem de mulheres que ocupam os principais cargos de liderança permanece ainda muito baixa, com a ocupação por elas de apenas 4% dos cargos de CEO e de alta diretoria globalmente, indica a pesquisa.

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