Há 13 anos no Grupo Stefanini, sendo os últimos três anos e meio como principal executivo da Orbittal, liderando 3500 colaboradores, Carvalho destacou, logo de cara, que o fato da empresa ter presença global contribui para a rápida tomada de decisão no início da pandemia no Brasil. “Fizemos uma reunião entre o CEOs do Grupo no dia 15 de março, e o responsável pela região da EMEA, Farlei Kothe, comentou sobre a dimensão do que estava acontecendo nos países europeus. Mesmo sabendo do que o Covid-19 poderia representar, aquilo nos deu um susto.” Diante disso, a Orbitall agiu rapidamente para, com ajuda do Grupo Stefanini, migrar a operação para o home office, além de tomar outras ações para garantir que as pessoas tivessem o necessário para trabalhar sem risco nenhum.
Ele comentou ainda que o cenário trazido pela crise permitiu enxergar novas possibilidades. Coisas simples que no dia-a-dia acabam passando despercebidas. “Essa pandemia vem também para termos um olhar diferente. E conseguimos, com isso, ter várias visões que não tínhamos antes.” Segundo o executivo, a troca de experiência e o entendimento das necessidades são coisas que a empresa vem trabalhando, contribuindo para a evolução dos negócios. O home office é um exemplo, que para o próprio CEO, foi uma quebra de paradigma, pois vem apresentando “resultados fantásticos”. Tanto que a empresa já trabalha para uma continuidade em 50% da operação, no pós-pandemia, e está estruturando a oferta de um serviço dentro desse modelo de trabalho remoto.
Nesse sentido, os grandes aprendizados, para Carvalho, estão divididos em três pontos principais. O primeiro seria o cuidado com as pessoas. “Por mais que você ache que é uma pessoa que tem essa preocupação e esse olhar, sempre tem uma coisa a mais para se pensar. Você pode ir além. Isso vale para diretores, gerentes, coordenadores. Escute mais as pessoas.” O segundo ponto importante é a volta da TI como peça fundamental, após um movimento grande do mercado, segundo o executivo, em que ela foi colocada como um simples coadjuvante. E, por fim, o terceiro ponto é a necessidade de se reinventar. “As coisas não serão mais como foram no passado. A transformação será muito mais rápida. Tudo a partir de agora terá um olhar diferente. E quem vai sair na frente? Quem enxergar isso primeiro e entregar uma proposta diferente”, explicou.
Ciente disso, a Orbitall vem pensando à frente, como ressaltou seu CEO, inclusive gerando novas oportunidades já nesse momento, como no caso da proposta que a empresa está montando para um cliente. Aliando profissionais qualificados e home office, a oferta irá permitir à empresa contratante diminuir o tamanho da operação, que por conta disso precisou ser parada durante a pandemia. “Nesse momento, está se cabendo análises mais profundas e criar ofertas diferentes. Esse é o momento de testar de pensar diferente.” Olhando para o futuro, o executivo comentou ainda sobre o “novo normal” do mercado de contact center. Ele passa por um avanço ainda maior da automação, crescimento do uso do home office, e, por fim, um olhar mais profundo das lideranças às pessoas. A entrevista, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube. Aproveite para também se inscrever e ficar por dentro das próximas lives.
Amanhã (05), a série de entrevistas recebe Luís Carlos, gerente de marketing da Locaweb. Na quarta será Bianca Vargas, gestora executiva de relacionamento com clientes da MRV, e na quinta terá o bate-papo com Bruno Stuchi, CEO da Aktie Now. Já o “Sextou?” dessa semana terá Júlio César Emmert, diretor de gente da Algar Tech, e William Sousa, fundador e presidente da Kainos.