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Lilian Rangel, gerente de Alianças na Red Hat Brasil

A construção de um ecossistema de parceiros

Autora: Lilian Rangel

A transformação digital em sua acelerada curva de crescimento segue trazendo muitos aprendizados para o mercado. Entre eles, a importância de uma atuação colaborativa e sinérgica, que envolva diversas ferramentas e pessoas. Alcançar um outro patamar no mercado quando falamos de novas tecnologias, vai muito além da adesão e implementação de produtos e serviços. Envolve uma mudança cultural profunda e um posicionamento distinto do que era praticado há alguns anos, e foi acelerado e intensificado na pandemia.

Hoje já não há mais companhia bem-sucedida que trabalhe sozinha. As conexões internas se refletem em elos externos, a partir de parceiros e alianças que ajudem a construir um ecossistema robusto e integrado, capaz de oferecer inovação e resiliência, habilitando novos modelos de negócio.

De acordo com a pesquisa Tech Horizon: Leadership perspectives on technology and transformation, da EY Consultoria, ecossistemas de parcerias são vistos como a única maneira de ter sucesso no mercado atual, segundo dois terços (68%) dos líderes de negócios corporativos. A construção de uma rede integrada, trabalhando por um mesmo propósito é a base para a transformação efetiva. Essa estratégia conjunta é essencial para criar novas propostas de valor ao mercado, capilarizar alcance e gerar receita. O estudo apontou que os entrevistados esperam que a exploração do ecossistema contribua para alavancar os ganhos das organizações: dois terços (67%) acreditam que ele será responsável por pelo menos 10% das receitas dentro de cinco anos.

Por meio de ecossistemas focados e bem estruturados, as empresas são capazes de impulsionar a criação de valor para os clientes de uma forma que não seriam capazes isoladamente. A união com outros parceiros é a única maneira de aproveitar o potencial das novas tecnologias, com foco na transformação centrada nas pessoas.

Colaboração é o novo normal
Mais do que ganhar luz no ecossistema de parceiras, o conceito de colaboração nunca esteve tão em evidência em todo o mercado. A pandemia reforçou laços que antes não existiam e provou que é necessário trabalhar em conjunto para chegar mais longe. Empatia se tornou palavra de ordem e nunca nos colocamos tanto no lugar do outro para enxergar as mais diversas situações sob uma nova perspectiva.

Nos negócios ou no dia a dia, percebemos que contar com um ecossistema confiável de parceiros é primeira necessidade. Estendemos a mão aqui para receber outra mão estendida mais a frente, nos complementando e trabalhando de maneira integrada. Foi por meio da colaboração que vimos nascer correntes de doação e inovações nas mais distintas frentes, todas com o mesmo objetivo: ajudar ao outro e salvar vidas.

O contexto complexo fez com que a sociedade entendesse que quando cada um faz o seu papel dentro das parcerias, conseguimos ter sucesso. Afinal, com fortalezas e fraquezas que se complementam, é mais fácil fazer girar positivamente todo e qualquer processo.

Construindo relações
À parte da importância que o ecossistema de parcerias ganhou nas iniciativas do dia a dia, também se tornou fundamental para todos os tipos de empresas no mundo corporativo, inclusive para aquelas que lideram o caminho para a transformação digital. Grandes players do universo da TI estão construindo alianças e parcerias cada vez mais robustas para avançar na inovação e na entrega de soluções de excelência para um número maior de clientes.

Para isso, buscam oportunidades de negócios, sempre pautadas nas relações de confiança, ética e transparência. Trabalhando lado a lado com os parceiros e reconhecendo sua importância para o fomento e expansão dos negócios. Essas companhias também perceberam a importância das parcerias internas. Parece clichê, mas muitas organizações entenderam que a construção de uma base forte de parcerias começa dentro dos limites da empresa, com os próprios colaboradores. Assim, passaram a trabalhar políticas de bem-estar que começam valorizando cada uma dessas pessoas. Algo essencial as corporações que querem chegar mais longe. Reconhecer os profissionais como pessoas e não como números é o primeiro passo para uma parceria de longa data, fortalecida pelo engajamento, pela entrega e pela excelência de resultados.

Esse pensamento se estende aos demais parceiros do mercado. Nesse contexto, o grande desafio é lembrar que não basta entregar valor ao cliente final. Para uma relação positiva e benéfica, todo o ecossistema precisa agregar valor entre si. No caso das desenvolvedoras e fornecedoras de tecnologia, os parceiros externos envolvem distribuidores, provedores de solução, cloud certified service providers e hardware vendors, apenas para citar alguns, que precisam trabalhar em consonância para crescer de maneira sustentável conjuntamente. Atrair os melhores parceiros e alianças do mercado requer a construção de um plano de negócios único, que traga retorno a curto e médio prazos para os envolvidos, de ponta a ponta.

Conexão aberta
A pesquisa The 2021 State of Enterprise Open Source, realizada pela Red Hat, mostrou que a maioria (54%) dos líderes de TI nas organizações ao redor do globo agora diz que a transformação digital é um uso importante do open source empresarial, um número que subiu 11 pontos nos últimos dois anos. Categorias que estão fortemente relacionadas, como desenvolvimento de aplicações e DevOps tiveram performances similares.

A tecnologia de código aberto, que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, também representa um importante elo para a construção de um ecossistema de parceiros sólido – seja dentro ou fora do universo da TI. Isso porque os pilares do open source envolvem, basicamente, inovação colaborativa. Para construir uma solução ágil, flexível e segura, capaz de atender às necessidades do mercado, dezenas de desenvolvedores trabalham em cooperação, o que permite reduzir falhas e entregar ferramentas e serviços de maneira muito mais rápida e constante.

A importância da colaboração e dos pilares do código aberto ficaram ainda mais claras no último ano. O open source em si e sua extensão de ensinamentos desempenharam papel crítico no auxílio à adaptação das organizações frente aos desafios da pandemia. Foi por meio da tecnologia aberta, da integração e da cooperação que foi possível oferecer dispositivos inovadores para que as pessoas pudessem assimilar novas formas de trabalhar,

aprender, colaborar e permanecer conectadas. Algo que não teria sido possível sem a ajuda de um ecossistema de parceiros capaz de tornar possível a entrega de serviços, aplicativos e soluções de nuvem que capacitam pessoas e organizações em todo o mundo, e as habilitam a chegar mais longe.

Abrir o potencial do futuro, levando-o ao maior número de pessoas possível, é o lema que precisa mover o mundo hoje, seja quando falamos de mercado corporativo, seja quando falamos de sociedade. Buscando alcançar esse objetivo de maneira efetiva e contínua, construir um ecossistema de parceiros complementares, que compartilhem os mesmos propósitos e ideias é parte fundamental na caminhada na vida e no trabalho. A soma de ideias vindas das mais diversas pessoas e organizações, implementadas de maneira sinérgica e conjunta, é a chave para solucionar os principais problemas da atualidade e para criar um ambiente de crescimento sustentável. Um ambiente capaz de entregar as melhores soluções, ampliar a rede de colaboração e habilitar negócios e histórias que vão seguir revolucionando o mercado.

Lilian Rangel é gerente de Alianças na Red Hat Brasil.

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