O cofundador e COO da Zig descreve, junto com a CXO, as transformações que impulsionam a funtech em direção ao mercado global
Se a facilidade e a fluidez na hora do pagamento das compras se tornaram, hoje, um dos momentos cruciais para uma boa experiência do consumidor, na área de entretenimento, lazer e cultura essa evidência se potencializa. Nessa jornada, o cliente quer ainda mais distância de dores e problemas. Foi observando esse quadro de desconforto se repetindo em eventos como rodeios, festas, baladas, shows, que surgiu a ideia da Zig, propondo introduzir o conceito de cashless e avançando agora por um app que dará protagonismo à vertente B2C dentro do crescimento da funtech (do inglês fun, ou seja, diversão, prazer, divertimento). Detalhando os movimentos que levaram a Zig, fusão da ZigPay com a netPDV a aproveitar as retomadas do pós-pandemia, inclusive com expansão global, Eduardo Alvares e Danielle Francis, respectivamente o cofundador e COO e a CXO da Zig, foram os convidados, hoje (04) da 695ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Iniciando pelas motivações que resultaram na criação da startup, Eduardo contou que a ideia era oferecer soluções, na vertente B2B, para as dores das casas de shows, baladas, eventos de entretenimento de todos os tamanhos, arenas, feiras, etc., olhando, ao mesmo tempo, para outros segmentos como os de educação e turismo. Colocando como mote de sua visão de que “onde há dor, há solução e, portanto, transformação”, ele explica que isso tem ajudado a organização a expandir, da matriz em São Paulo e mais 29 bases operacionais no País, avançado agora em termos internacionais, começando por México, Portugal, Espanha e França, marcando o início para se consolidar como funtech global.
Na gênese da história da empresa está a observação, principalmente a partir de 2013, junto aos eventos de rodeios, da ausência, em termos de pagamentos, de tecnologia e controle por parte dos organizadores e conveniência para o público. “Obviamente esses encontros movimentam grandes volumes de dinheiro, apontando para um enorme potencial de dor e solução, ou seja, oportunidade para uma startup atenta. Nós, os sócios fundadores, tínhamos em mãos o know how tecnológico e gestão de meios de pagamentos. Exatamente o que se vislumbrava de necessidade nesse ambiente.” Esse início alavancou todo o resto, desembocando em um crescimento acelerado, chegando em 2022 em uma nova realidade, que demandava uma tomada de decisão: a configuração da Zig como fusão de duas empresas, a ZigPay e a netPDV, para dar conta a efervescente retomada dos eventos presenciais no pós-pandemia.
Era, então, segundo o COO, o momento de ampliar as lideranças e times para amparar as ações dentro da nova perspectiva dentro e fora do país, o que explica a chegada de Danielle, neste ano, assumindo a diretoria de experiência do cliente. A executiva expressou a motivação de construir essa nova estratégia de CX em um ambiente desafiador onde a própria diferenciação do propósito da organização de não se caracterizar como fintech, mas como funtech, já demonstra a ousadia desbravadora. “Trata-se da consciência de que o consumidor, em meio a um momento de lazer e entretenimento, sua expectativa no relacionamento com o local e seus organizadores é de fricção zero. Se já é difícil o cliente aceitar pontos de atrito nas demais experiências, muito mais nas suas horas de descontração, longe dos problemas da vida.”
Para a CXO, o caminho de disrupção para o de maturidade da experiência passa, no caso da funtech, por um embasamento em neuromarketing, ou seja, entender o que se passa no inconsciente do consumidor, desde a prospecção até o pós-venda. Na sua concepção, é isso que pode proporcionar uma conexão autêntica e genuína. Sabendo que o relacionamento será sempre entre pessoas, torna-se fundamental esquadrinhar os perfis tanto dos promotores dos eventos quanto dos consumidores finais. “Isso é o que nos permite inovar, o que nem sempre envolve tecnologia, mas sim formas de agregar valor a produtos e serviços e prevendo anseios e necessidades futuras.” Esses frutos do conceito de neuromarketing se expressam inclusive nos materiais de identificação de marca utilizados pela empresa. “Conteúdo com contexto no qual a emoção fala mais alto, em uma proposta de transparência e acessibilidade.”
Depois de Danielle expor detalhes que chancelam, com números positivos, a bem-sucedida proposta de atendimento aos clientes, houve tempo para responder às várias questões trazidas pelo público que acompanhava a live, inclusive sobre de que forma a funtech transforma o grande volume de dados proporcionado pelo tipo de negócio em informações para surpreender e encantar o cliente. Da mesma forma, falaram da aposta da organização da preponderância da vertente B2C, com grande empenho em termos de gestão e tecnologia, com times especializados para transformar o app da Zig em um propulsor de crescimento. Além disso, esclareceram aspectos ligados à inovação, tendências disruptivas da startup e as formas de superar a concorrência, com exemplos práticos como o Lollapalooza.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 694 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA encerra a semana amanhã (05), com o Sextou, que vai debater o tema “Consumo: Qual o perfil dos novos clientes que vêm por aí?”, reunindo Allan Barros, CEO da Pullse e da plataforma Aceleraí, Paula Soria, diretora sênior de clientes da Ipsos, e Rafael D’Ávila, Chief Revenue Officer da idwall.