Superintendente de inovação da Elo destaca tendências tecnológicas e como a empresa vem incorporando elas para incrementar a jornada de consumo
Criada há 13 anos pelo Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica, a Elo decidiu fazer um rebranding para refletir a brasilidade da empresa e sua aposta na inovação tecnológica. O resultado é fruto de muito estudo sobre como evoluir o modelo de negócio inserindo as novas formas de pagamento para todo tipo de compra a todos os brasileiros. Ouvindo mais de 1,5 mil clientes foi possível conectar as necessidades dos mesmos com as tendências tecnológicas para oferecer produtos relevantes dentro da nossa realidade. Expondo detalhes dessa transição e falando do futuro para o qual a empresa vem se preparando, Duda Davidovic, superintendente de inovação da Elo, participou, hoje (05), da 926ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Ao esclarecer que a Elo é uma plataforma que conecta compradores e vendedores e não só uma empresa de cartões de crédito e débito, Duda informou que seu papel como liderança em design e inovação é analisar como será a evolução do modelo de negócio e, ao mesmo tempo, como trazer o cliente para o centro disso tudo para entregar produtos, campanhas e ofertas que sejam relevantes hoje e no futuro. Segundo a executiva, a Elo tem 42 milhões de cartões ativos, colhendo como resultado, no ano passado, um receita operacional de R$ 1,5 bilhão, com um portfólio de produtos que inclui soluções para carteiras digitais e de QRCode. “Hoje, 8% da nossa receita vêm além do nosso serviço de bandeira, o que é reflexo daquilo que temos experimentado em design e inovação.”
Em cima disso e olhando para a evolução comportamental de pagadores e recebedores ao longo do tempo, como uma empresa 100% brasileira, a Elo sentiu necessidade de realizar um rebranding, reforçando a proposta de oferecer um cartão para todo tipo de compra para todos os brasileiros. “Quisemos, com essa mudança de marca, visual e comunicação, mostrar que se trata, efetivamente, de um ‘elo’ que conecta todas as pessoas com as cores e a linguagem no nosso Brasil. Portanto, estamos pensando o tempo todo em oferecer produtos e serviços que atendam à nossa realidade, além de ter a visão de como vamos transacionar com consumidores, varejistas e demais recebedores no futuro.” Ela acrescentou que o projeto é fruto de uma escuta junto a 1,5 mil clientes, de diferentes perfis e localidades, visando não apenas um produto que funciona, mas que resolva de forma relevante dentro da atual realidade.
Na sequência, indagada sobre o relatório da Elo com as 10 tendências tecnológicas mais inovadoras, a executiva explicou que se trata de um estudo publicado todos os anos, compartilhando análises e prevendo mudanças. “São tecnologias que os clientes já estão se interessando ou começando a usar, capturadas no nosso ‘radar’, ligado o tempo todo. Na lista deste ano, inserimos ativos digitais, pagamentos com cripto, o real digital acenado pelo Banco Central com o Drex, etc. Ou seja, o que está se consolidando fortemente no mercado é o surgimento de novas moedas de pagamento. Aquelas que vão ser transacionadas em blockchain, ligadas a contratos inteligentes, que permitem realizar operações que, com o real, hoje, não conseguimos”, pontuou a superintendente, dando exemplos práticos dessa nova modalidade de pagamento.
Para Duda, essas tendências vêm na linha de empoderar o cliente, permitindo que acesse fluxos de pagamentos complexos para aderir hoje. De acordo com a executiva, o pagamento é quase sempre um momento de fricção na jornada do cliente, sendo preciso que haja mais transparência nas transações. “O consumidor não quer pensar no meio de pagamento. O que ele quer é ter segurança ao fazer aquela compra e que vai receber o produto que está comprando. É apenas isso que ele necessita. O que vemos é uma mudança muito grande no conceito de credencial de pagamento, que hoje pode ir muito além do cartão de plástico.” Ela colocou em relevo o fato do brasileiro ser um “early adopter”, citando como exemplo a rapidez com que o Pix chegou a 140 milhões de adeptos no País, onde mais da metade dos pagamentos físicos já acontecem por aproximação.
Houve tempo ainda para falar da geração Z, chegando com novas demandas, exigindo pagamentos mais transparentes dentro do imediatismo que é sua principal característica. Nesse sentido, ela explicou que a Elo mantém análises preditivas com o uso de IA e machine learning para hiperpersonalizar a entrega dos produtos. A superintendente também comentou sobre a cocriação de produtos com o clientes, como funciona a aproximação dos times de design e inovação com os de produtos, como são feitas as pesquisas junto aos consumidores, entre outros assuntos.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 925 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 2,8 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (06), com a presença de Marcelo Hahn, CEO da Blau Farmacêutica, que abordará os desafios da inovação com atenção ao cliente; e encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Franquias: Como alinhar e manter a cultura cliente?”, reunindo Marcos Gundel, diretor executivo da Mundo Animal, Fernanda Milred, COO da Espaçolaser, Viviane Pio, diretora de vendas da CVC, e Eduardo Murin, diretor de B2B do CNA.