Entre os segmentos mais impactados pela onipresença da transformação digital constatada desde a chegada da crise sanitária global, o da saúde é o mais exemplar, provavelmente. Atuando na gestão da assistência farmacêutica, integrando benefícios de medicamentos e ações próprias do setor da saúde, a startup epharma é espelho e agente desses impactos, ao consolidar sua forma visionária de conectar etapas da jornada dos pacientes em meio a um ambiente de isolamento social. Com uma base de 30 milhões de beneficiários e tendo como clientes as redes de farmácias e drogarias, sua plataforma passou a incorporar os avanços da telemedicina, da prescrição médica eletrônica, etc., integrando outros agentes e vitaminando ainda mais o processo de inteligência de dados que alimenta o ecossistema de saúde e qualidade de vida. Os detalhes dessa trajetória disruptiva foram compartilhados, hoje (28), por Wilson de Oliveira Junior, diretor comercial e de novos negócios da epharma, durante da 374ª live da série de entrevistas dos portais ClienteSA e Callcenter.inf.br.
Em 22 anos de existência, a epharma vem se transformando de forma quase sistemática, ressaltou o executivo, acrescentando que a health tech é uma das primeiras startups disruptivas no mercado brasileiro, pois sendo pioneira no conceito de PBM, Pharmacy Benefit Management, adaptado na língua portuguesa para Programa de Benefícios e Medicamentos, contribuiu para a digitalização de todo um ecossistema. Isso foi seguido de outro marco significativo, que é o apoio tecnológico e estratégico ao programa governamental de farmácias populares.
“Mais recentemente, com ênfase nos dois últimos anos, a empresa acelerou algo que vinha no radar, que é a transformação da jornada da saúde no âmbito dos medicamentos. Para isso, uma das providências foi incorporar na organização como um todo o modelo de sistemas ágeis, no ritmo das circunstâncias da pandemia que acabou acelerando todas as iniciativas inovadoras que vinham sendo planejadas aos poucos.”
Em função do isolamento social, na visão do diretor, houve a necessidade de um radicalismo na digitalização das jornadas, o que tem ajudado muito o país, citando como exemplo o caso da telemedicina, que passou a ser sustentada por lei para ser praticada de forma abrangente e contínua. Na esteira dessa consulta por vias remotas foi aprimorada a prescrição eletrônica de receitas médicas, faltando apenas saber como adquirir, também à distância, os remédios. “Ou seja, saímos de um mundo 100% físico na saúde para virtualização completa. E, nesse sentido, a epharma já estava estruturada para esse momento propondo-se a ser o elo que pode oxigenar esse ecossistema. Em apenas três meses após a chegada da pandemia, já tínhamos condições de desenhar as jornadas, tanto totalmente no digital quanto no modelo figital. Nossa plataforma estava preparada para integrar elementos, avançando por meio de disrupções, pois consegue olhar em 360 graus esse amplo e complexo sistema voltado para saúde.”
Essa trilha criada pela health tech permite acoplar a telemedicina, as prescrições eletrônicas, os cuidados via digital demandados pelos beneficiários do programa, entre outros pontos. Os avanços se dão também pela filosofia de open inovation abraçada pela startup, que incorpora sempre novos conhecimentos e soluções, mas também explorando com muita inteligência de dados a base de 30 milhões de usuários conquistados ao longo de mais de duas décadas. Além disso, são mais de 30 mil farmácias e cerca de 1,8 mil laboratórios e clínicas conectados à plataforma da empresa. “O grande desafio é sempre transformar essas informações em inteligência analítica em prol do sistema de saúde no país. Por isso, criamos um núcleo de data science logo no primeiro semestre do ano passado, com a consciência da importância da interpretação dessa riqueza de dados para contribuir com uma jornada focada em customer success. O que significa, em última análise, ajudar nossos beneficiários na gestão da sua própria saúde.”
Na concepção do executivo, o uso intensivo de tecnologia, a integração de toda a cadeia e uma nova dinâmica nesse ecossistema da saúde representam o único caminho para se reduzir custos em favor dos consumidores no setor. Mergulhando na forma de atuação da empresa, ele esclareceu que se dá em duas vertentes de igual relevância para o core business que é o PBM. O modelo B2B, cujos clientes são as redes de farmácias e drogarias, e a atenção aos pacientes e beneficiários que estão na ponta da cadeia. “Quem tem que enxergar valor na jornada é o usuário final, o consumidor do nosso cliente. Então, queremos ajudar a que essa pessoa entenda que, em tratando melhor da sua saúde, será mais produtiva com uma qualidade de vida bem melhor. Por consequência, nosso cliente ficará plenamente satisfeito com o serviço.”
Ao esmiuçar o universo de atuação da startup no mercado, Wilson contou que ela acontece junto à parcela dos cerca de 70 milhões de trabalhadores brasileiros que desfrutam de planos de benefícios de medicamentos oferecidos por seus empregadores. A plataforma é acionada quando se inicia a jornada de um desses consumidores transformados em pacientes, que vão precisar de tratamento médico. Então, a organização, ao fazer a gestão desses benefícios junto aos clientes, está também ajudando essa pessoa nos cuidados com sua saúde.
O vídeo com o bate-papo na íntegra está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 373 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também para se inscrever. A série de entrevistas volta amanhã (28), trazendo Fernando Brossi, vice-presidente de operações da C&A Brasil, que mostrará a transição das lojas ao digital; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o universo das insurtechs, com a participação de Andre Gregori, CEO da Thinkseg, Gustavo Zobaran, CMO da Ciclic e Rogério Souza, CDO do Auto Compara.