Atitude é fundamental



Autor: Marcelo Ponzoni

 

Estou cansado de ouvir as pessoas reclamando umas das outras, querendo que os outros as compreendam melhor, que escutem mais, que cedam mais. Não seria muito mais simples se nós mesmos parássemos para compreender o quão difícil – ou até impossível – é fazer com que as pessoas reajam exatamente da maneira que gostaríamos?

 

Todos nós temos a capacidade de pensar, dialogar, decidir e acreditar em tudo o que nossas cabeças criam e definem, mas esquecemos que o que imaginamos nem sempre passa pela cabeça dos outros. Quando materializamos nossas atividades, ficamos à espera de palmas, elogios, afagos ao nosso ego, atenção; quando isso não acontece, pronto: tudo vai por água abaixo e a frustração toma conta de nós.

 

Com a vida aprendi a não esperar nada de ninguém em momento algum. A partir disso passei a dar um enorme valor às conquistas e à reação que, de vez em quando, consigo causar nas pessoas. Por isso acredito que quando eliminamos as expectativas, eliminamos também as possíveis decepções e frustrações.

 

Quando algo acontece ao meu redor, imediatamente tento achar a minha possível parcela de culpa; tento praticar atitudes rápidas que não causem sentimentos de auto piedade e, assim, encontro saídas para mudar o cenário. A realidade nos mostra que esperar pela atitude alheia é igual a permanecer inerte: criamos falsos sentimentos de que alguém irá fazer por nós. Com isso instaura-se a decepção e, com ela, a perda de tempo.

 

Se realmente queremos algo, precisamos agir independentemente dos outros. Se encontrarmos barreiras, precisaremos achar novos caminhos. Ao perceber interpretações contrárias às nossas, devemos manter nossos objetivos e, ao mesmo tempo, entender essas novas ideias. O que não podemos é ficar inertes e não procurar alternativas.

 

Uso um verbo que é, sem dúvida, o mais poderoso de todos: tentar. Meu nome poderia ser Marcelo Tentar Ponzoni. Porque, confesso: se conquistei batalhas foi pela capacidade de tentar consecutivamente. Quem tenta já inicia com lucro; seja do acerto, da aprendizagem, da mostra do entusiasmo ou pela característica da vontade. Na tentativa não existe perda.

 

Tentar é avançar, ter garra, mostrar coragem, atitude, vontade e convicção. Ninguém tenta para errar; toda tentativa está inclinada ao acerto. E isso já é metade do jogo ganho. Vejo muita gente esperando das pessoas pró-atividade, atitude, decisão, entre outras características – todas embutidas no verbo tentar. Tentar pode ter riscos, mas risco é não tentar.

 

E porque acredito que devemos tentar sempre, é que digo:

 

– Tente, mas tente muito, a toda hora, com tudo, pois só assim você realmente irá transformar o seu conhecimento em algo palpável e real.

 

Tenha certeza: se você tentar, tudo irá mudar. Tente e verá.

 

Marcelo Ponzoni é proprietário-fundador e diretor executivo da agência Rae, MP.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima