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Bancos quadruplicarão de tamanho até 2025



O sistema bancário mundial quadruplicará de tamanho até 2025 e atingirá US$ 1,3 trilhão em faturamento. A conclusão é do novo estudo da área de consultoria da IBM, intitulado “Nenhum banco é uma ilha: globalize-se antes que globalizem você”. Feito em parceria com a Unidade de Inteligência do The Economist, o levantamento ouviu 637 executivos de 320 empresas do setor bancário em 89 países. Mesmo com a turbulência no sistema de crédito norte-americano que tem preocupado economias do mundo todo, a pesquisa mostra que os executivos estão otimistas e apontam um caminho para o crescimento: a globalização. Mais de 40% dos entrevistados citaram a expansão para outros países como a principal oportunidade.


O levantamento aponta que existe um grande mercado a ser trabalhado pelos bancos em outras fronteiras: na China, por exemplo, o número de pessoas que ganha anualmente mais de US$ 50 mil tem crescido 15% ano a ano. Já na Índia, 41% da população ainda não possuem conta bancária. Até mesmo nos Estados Unidos, 32% dos imigrantes são “desbancarizados”.


De acordo com o estudo, mesmo os bancos que querem focar-se apenas em uma estratégia local serão afetados pelos efeitos da globalização, já que serão obrigados a reagir para não perder mercado para os novos concorrentes que surgirão em suas regiões de atuação. O desenvolvimento econômico dos países emergentes, aliado às alianças globais entre empresas, fez com que os bancos – e os riscos aos negócios – ficassem mais interdependentes.


Para alcançar novos territórios e oferecer serviços mais eficientes, 82% dos entrevistados disseram que já recorrem ou irão recorrer a parcerias estratégicas, sendo que 65% afirmaram que pretendem aumentar o relacionamento com empresas que não pertencem ao ramo financeiro, como empresas de tecnologia e de telecomunicações. Além disso, 40% afirmaram que irão associar-se a outros bancos ou empresas do mesmo ramo de atuação. “Os executivos perceberam que não podem prover tudo para todas as pessoas. Além disso, eles conseguem alcançar o mercado que almejam a um custo menor”, diz Luis Antonio Simões Gouveia, diretor da área de consultoria da IBM Brasil especializado no setor financeiro.


Mercados – O estudo da IBM analisou especificamente 35 países dos 89 onde a pesquisa foi realizada. Essas 35 regiões foram classificadas em “mercados com oportunidades” ou “mercados veteranos”. Os “mercados com oportunidades” são aqueles com grandes chances de crescerem futuramente, e os “veteranos” são os que já estão consolidados.


A Índia, por exemplo, é um “mercado com oportunidade” por conta do acelerado desenvolvimento econômico dos últimos anos e da conseqüente procura dos indianos por serviços bancários. O Brasil é outro exemplo: a classe C recebeu mais 20 milhões de pessoas que antes estavam nas classes D e E em apenas um ano (de 2006 a 2007), de acordo com pesquisa recente divulgada pelo instituto Ipsos. A migração de classes demonstra um aumento de renda dessa população, que representa um mercado a ser trabalhado pelos bancos varejistas.


A pesquisa perguntou aos entrevistados quais os benefícios esperados por eles ao expandirem sua atuação para outros mercados. Quase 80% dos que pertencem aos “mercados veteranos” disseram estar em busca de uma maior base de clientes, sendo que 60% dos que estão nos “mercados com oportunidades” responderam o mesmo. Menos de 40% dos bancos de “mercados veteranos” afirmaram estar em busca de novos produtos para oferecer aos clientes. Esse número sobe para 60% entre os entrevistados que estão nos “mercados com oportunidades”.

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