Carlos Eduardo Brandt

BC lança PIX para pagamentos instantâneos

O Banco Central apresentou, ontem (19), em São Paulo, o PIX, que estará disponível a partir de novembro, tornará mais fácil e rápida a realização de pagamentos e transferências entre pessoas, empresas e entes governamentais. Com ele, esses serviços financeiros poderão ser realizados a qualquer dia do ano, sem limite de horário, e com o dinheiro imediatamente disponível ao recebedor.

“Para além da rapidez e praticidade dos pagamentos instantâneos, a sociedade poderá sentir os benefícios da maior competição no mercado de pagamentos de varejo, com redução de custos e melhoria na qualidade dos serviços. Além disso, essa iniciativa, em linha com a revolução tecnológica em curso, possibilita a inovação e o surgimento de novos modelos de negócio e promove a eletronização dos pagamentos, reduzindo o risco operacional e as dificuldades relacionadas ao uso do dinheiro em espécie”, ressaltou João Manoel Pinho de Mello (foto), diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução.

Mais que celeridade, o Pix trará mais facilidade na realização das transações, que poderão ser feitas por meio de QR Code ou a partir da inserção de informações simples como número de celular, e-mail, CPF ou CNPJ (tecnicamente chamadas de chave ou apelido).

Quanto aos QR Codes, o BC estabeleceu dois tipos: estático e dinâmico. O estático poderá ser usado em múltiplas transações e permitirá a definição de um valor fixo para um produto ou a inserção do valor pelo pagador. Poderá ser usado para uma transferência entre duas pessoas, por exemplo. Já o QR Code dinâmico será de uso exclusivo a cada transação e permitirá a inserção de informações adicionais, o que facilita a conciliação e automação comercial. Ele servirá para o pagamento de uma compra em um supermercado ou em um restaurante, entre outras possibilidades.

“Com o PIX será possível enviar e receber quantias instantaneamente a partir de diversos meios, inclusive aplicativos em smartphones, a qualquer hora do dia e da noite”, explica Carlos Eduardo Brandt, chefe adjunto no Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro, do BC. Além das funcionalidades que estarão disponíveis em novembro, já estão no radar evoluções importantes como, por exemplo, pagamento por aproximação. Para usar o PIX, será preciso que o pagador e o recebedor tenham conta em um banco, instituição de pagamento ou fintech – não necessariamente uma conta corrente, as transações também poderão ser feitas usando uma conta de pagamento ou poupança.

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