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Brasil tem mais de dois dispositivos digitais por habitante

Pesquisa da FGV registra que são 1,2 smartphones por habitante, totalizando 249 milhões de celulares inteligentes em uso no País

O Brasil tem 464 milhões de dispositivos digitais – computadores, notebooks, tablets e smartphones – em uso nos ambientes domésticos e corporativos no Brasil, ou seja, mais de dois devices (2,2) por habitante. É o que aponta a 34ª edição da pesquisa anual sobre o “Mercado Brasileiro de TI e Uso nas Empresas”, divulgada nesta pelo FGVcia – Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas.

O estudo revela ainda que são 1,2 smartphones por habitante, totalizando 249 milhões de celulares inteligentes em uso no Brasil. Adicionando os notebooks e os tablets, são 364 milhões de dispositivos portáteis, ou 1,7 por habitante. No país, são 3,3 celulares vendidos para um aparelho de TV. Em relação a computadores, o Brasil possui 215 milhões (desktop, notebook e tablet) em uso, atingindo 1 computador por habitante (100% per capita). As vendas em 2022 caíram 11%, com 12,4 milhões de unidades. Apesar do cenário nebuloso, estima-se em 2023 um crescimento perto de 10%.

Gastos e Investimentos em TI

De acordo com Fernando Meirelles, coordenador da pesquisa do FGVcia, “é notável que o uso, os gastos e investimentos em TI nas empresas de 9% da receita continuam crescendo em valor, maturidade e importância para os negócios existentes, e para viabilizar novos modelos de negócios. Seu valor depende de vários fatores, os dois principais são: o estágio ou nível de informatização e o ramo no qual a empresa atua”.

Este índice é o gasto total destinado a TI, a soma de todos os investimentos, despesas e verbas alocadas em TI, incluindo: equipamento, instalações, suprimentos e materiais de consumo, software, serviços, comunicações e custo direto e indireto com pessoal próprio e de terceiros em TI, dividido pela receita da empresa.

De acordo com o coordenador, “pode-se comprovar que quanto mais informatizada a empresa, maior é o valor desse índice. Nos últimos 35 anos, ele cresceu 6% ao ano, passando de 1,3% em 1988 para 9% em 2022/23. Mesmo assim, existe muito espaço para crescer e chegar aos níveis dos países mais desenvolvidos”.

Outro indicador, entre os mais de 50 analisados na pesquisa, é o CAPU – Custo Anual de TI por Usuário, de R$ 52 mil. Esse valor refere-se aos gastos e investimentos em TI das empresas pesquisadas no ano passado, dividido pelo número de usuários da empresa. Seu comportamento não tem economia de escala, cresce com o tamanho da empresa e varia conforme o ramo. Nas empresas prestadoras de serviços, a média é R$ 62 mil; na Indústria, R$ 45 mil; no Comércio, R$ 34 mil; e nos bancos, R$ 138 mil.

Participação dos principais fabricantes

A pesquisa também levanta a participação no mercado dos fabricantes de 26 categorias de software. A Microsoft continua dominando várias categorias no usuário final, algumas com perto de 90% do uso. Os fabricantes que mais cresceram a participação foram Google e Qlik. Já para Videoconferência, o Microsoft Teams cresceu para 42%, passando o Zoom, que ficou com 35%.

Os Sistemas Integrados de Gestão (ERP) da TOTVS e da SAP têm 34% do mercado cada; Oracle, 12%; e outros, 20%. A TOTVS lidera nas menores e a SAP, nas maiores empresas, com 50%. As novas tecnologias provocam a necessidade de integrar cada vez mais o físico com o digital e demandam a implementação de novos processos integrados internamente, externamente e com o ecossistema da empresa. O “novo” ERP continua a ser o coração da transformação digital.

Os programas de Inteligência Analítica (BI – Business Intelligence and Analytics) continuam sendo uma categoria de destaque, e entre as mais lucrativas para os fabricantes. SAP, com 24%, Oracle, Totvs, Microsoft, Qlik, com 16% cada, e IBM, com 9%, são líderes desse segmento, com 96% do mercado. Apesar de todo esse arsenal de ferramentas modernas, 90% do uso de Inteligência Analítica no departamento financeiro das empresas é Excel. Um dado inédito é que a nuvem responde, em média, por 42% do processamento nas empresas.

Bancos, hospitais privados e agronegócios

O estudo é aprofundado em três ramos da economia: bancos, hospitais privados e agronegócios. Nos últimos dois anos (2021 e 2022), os gastos e investimentos em TI nos bancos cresceram 11% ao ano, atingindo R$ 32 bilhões, e a projeção é que continuem em alta e atinjam próximo a R$ 43 bilhões em 2024. O volume de transações por meios virtuais com origem no celular (Mobile Banking) e Internet tendem a 90% das transações (90% por smartphone). Nos hospitais privados, temos o CAPL – Custo Anual de TI por Leito de R$ 170 mil, e no setor de agronegócios mostramos um comportamento parecido com a média da indústria.

Os principais projetos de TI relatados na pesquisa continuam sendo Inteligência Analítica (Analytics) combinada com Inteligência Artificial e implementação do “novo” ERP. Nas grandes empresas: segurança, governança, IoT, nuvem, buscar e reter talentos de TI e TI apoiando projetos de ESG.

Metodologia

O FGVcia divulga anualmente, desde 1988, um amplo retrato do mercado de Tecnologia de Informação (TI), com resultados de estudos e pesquisas do uso de TI nas empresas. Nesta edição, houve a participação de 2.660 médias e grandes empresas. Os resultados divulgados comprovam o processo de transformação digital das empresas e da sociedade. 

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