O canal para quem respira cliente.

Pesquisar
Close this search box.

Brasileiro se vê em fase de recessão

Na América Latina, a confiança tem se mostrado mais abalada do que os outros países. Como concluiu a pesquisa Confiança do Consumidor Global da Nielsen, que mede a percepção de perspectivas de empregos locais, finanças pessoais e intenções imediatas de gastos. No Brasil, o índice caiu mais sete pontos, na comparação com o primeiro trimestre de 2015, segunda queda consecutiva do ano. Ao todo, o estudo se manteve relativamente estável por mais de um ano, caindo um ponto no índice no segundo trimestre (2015) e atingindo uma pontuação de 96. Já em países da Europa e na China a confiança aumentou e os Estados Unidos manteve um nível otimista, apesar da queda do índice. 
O NÃO OTIMISMO BRASILEIRO
Entre os brasileiros, o sentimento em relação aos três indicadores econômicos atinge novas baixas. Assim como as perspectivas futuras de trabalho diminuíram quatro pontos percentuais, chegando a 23%, o sentimento em relação às finanças pessoais diminuiu quatro pontos percentuais, indo a 56%. Enquanto, intenções de gastos imediatos caíram nove pontos percentuais, chegando a 32%. “Quase todos os entrevistados brasileiros acreditam que estão vivendo em um período de recessão, já que o sentimento aumentou cinco pontos percentuais, chegando em 90% em comparação com o primeiro trimestre”, explica Ricardo Alvarenga, especialista em tendências de mercado da Nielsen. A economia ocupa o primeiro lugar das maiores preocupações no Brasil e na média da América Latina ao longo dos próximos seis meses. 
A confiança dos consumidores diminuiu em seis dos sete mercados latino-americanos medidos no segundo trimestre, com o Brasil (81) relatando a mais alta queda de sete pontos no índice em comparação com o primeiro trimestre. O índice do Peru (95) diminui quatro pontos, seguido por quedas de três pontos cada no Chile (84) e na Venezuela (62). A confiança do consumidor no México (84) e na Colômbia (93) diminuiu dois e um ponto, respectivamente, a partir do primeiro trimestre. A Argentina foi o único país medido na região com um aumento impulsionado na confiança, subindo seis pontos e atingindo o índice de 81 no segundo trimestre.
Apesar do reflexo negativo para a confiança dos brasileiros, o cenário do País também pode oferecer alternativas de crescimento e desenvolvimento. “Se por um lado as mudanças atuais de hábito de compra e consumo ameaçam, por outro criam grandes oportunidades”, afirma Alvarenga. “Para os varejistas, é o momento de desenvolverem formatos de loja mais adequados com produtos corretos que atendam seus consumidores. Já para as marcas desafiantes, é importante que conquistem novos consumidores e as líderes coloquem em prática sua força em inovar e oferecer mais e diferentes benefícios. Até as empresas de comunicação podem se beneficiar, repensando em como disponibilizar conteúdos.”
De acordo com o especialista, as melhores alternativas surgirão para aqueles que conseguirem entender melhor o seu público. “O que as empresas precisam ter em suas diretrizes é a intenção de contribuir com o bem-estar do brasileiro, pois isso pode desencadear ações que apresentem ganhos para todos os lados.” 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima