A faixa etária em que os bancos mais inspiram confiança está entre 18 a 24 anos (70%), enquanto o menor percentual tem relação com a faixa acima de 60 anos (50%)
A transferência de dinheiro e a realização de outras operações financeiras cada vez mais têm se modernizado no Brasil com o surgimento das fintechs e a popularização do Pix. Contudo, apesar das novidades tecnológicas, o brasileiro ainda se sente um pouco mais seguro em utilizar os serviços bancários tradicionais do que as empresas de tecnologia financeira. As constatações fazem parte da pesquisa Radar Febraban, através da parceria Febraban-Ipespe.
O levantamento ouviu 2 mil pessoas entre 4 e 14 de fevereiro de 2023. E, entre os respondentes, 59% afirmam confiar nos bancos e 57% nas fintechs. Já em relação a não confiar nas operações financeiras, o percentual é o mesmo de 32%. No início da série histórica, em março de 2021, 57% dos brasileiros confiavam nos bancos e 49% nas fintechs. Já os percentuais de desconfiança, respectivamente, estavam em 33% e 37%.
“A modernização nos meios de pagamento e nas operações financeiras, de um modo geral, são um caminho sem volta. Os bancos têm mantido estáveis os seus patamares mais altos de confiança ao mesmo tempo em que se movimentam para se adaptar às novas tecnologias. E os números mostram que o tradicionalismo dos serviços bancários inspira confiança. Já com relação às fintechs, agora falta um pouco para elas alcançarem um patamar semelhante”, avaliou o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe.
Preferências por idade
A faixa etária em que os bancos mais inspiram confiança está entre 18 a 24 anos (70%), enquanto o menor percentual tem relação com a faixa acima de 60 anos (50%). No caso das fintechs, respectivamente, os percentuais são de 71% e 37%. “Os números mostram que a população idosa, especialmente, reconhece a confiança oferecida pelos serviços bancários e apresenta um maior receio da tecnologia. Já os jovens, mais antenados com as mudanças, confiam tanto nos bancos como nas fintechs”, destaca o especialista.
O estudo foi feito com um público representativo da população adulta brasileira acima de 18 anos de todas as regiões do país, com cotas de sexo, de idade, de localidade, de instrução e de renda. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.