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Com Internet das Coisas como fica segurança?

Muito se fala de como será o futuro com a Internet das Coisas (IoT), porém, será que essa realidade já não vem acontecendo? Nos últimos 12 meses, 30% dos brasileiros disseram que compraram uma Smart TV, enquanto usuários de outros países ficaram na média global de 23%. É o que mostram os dados de uma pesquisa realizada pela F-Secure, feita com 8.800 pessoas do Brasil, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Argentina, Colômbia, México, Itália, Suécia e Índia. Cujo objetivo é mapear o quanto a tecnologia IoT já está sendo adotada nesses países e o quão preocupados estão os usuários com os aspectos de segurança e privacidade desta plataforma. Outro fato que chamou atenção no estudo foi que cresce a adoção de outras categorias de produtos IoT – caso dos dispositivos vestíveis e conectados à Internet.
“Seja no âmbito local ou global, esta enquete indicou que as pessoas estão adotando cada vez mais a Internet das Coisas. O avanço para esta plataforma acontece simultaneamente com o fato de que o usuário está cada vez mais preocupado em preservar a privacidade e a segurança de seus dispositivos IoT”, diz Lidiane Rocha, gerente sênior de marketing da F-Secure para a América Latina. “É importante destacar que o Brasil está à frente de outros países em relação à conscientização sobre a questão da segurança e da privacidade deste ambiente.”
Preocupação com segurança
De acordo com a pesquisa, 80% dos 800 brasileiros entrevistados mostraram-se preocupados com a possibilidade de seus dispositivos IoT sofrerem ataques de hackers ou infecção por algum vírus/malware. A média global a respeito deste tópico é de 70%. “Um sinal da maturidade dos usuários locais de dispositivos IoT é a fatia que se diz preocupada com a possibilidade de perder sua privacidade ou ver seu equipamento ser monitorado por alguém não autorizado”, aponta Lidiane. 
A pesquisa aponta, ainda, que 70,63% dos usuários brasileiros acreditam que a Internet está se tornando um local perigoso e, por isso, estão realizando mudanças em suas atitudes no mundo digital. Essa tendência é confirmada pelo fato de que 43,62% dos brasileiros consultados têm estudado as mais recentes ameaças digitais, além de procurarem informações sobre estratégias e soluções que evitem esses males. Uma grande percentagem do grupo analisado (89,50%) afirma que gostaria de obter mais informação e compreensão sobre os tipos de vírus e ameaças digitais que surgem no mundo todo. “E, finalmente, 71,12% dos participantes mostram preocupação com a possibilidade de serem vigiados remotamente por alguma agência de inteligência de países por onde seus dados passam por conta da utilização de serviços na nuvem”, detalha Lidiane. “Esse tipo de declaração mostra claramente que o conceito do valor da privacidade está criando raízes no nosso mercado e levando os usuários a se protegerem também nesta frente de batalha”. 
Segundo Mika Stahlberg, F-Secure director of strategic threat research, essas preocupações são compreensíveis, considerando o tipo de dispositivo que os consumidores estão adotando. “Além do propósito de entretenimento, a adoção da IoT está voltada para produtos relacionados a melhoria da qualidade de vida. E produtos como câmeras de segurança, fechaduras inteligentes e carros inteligentes também desempenham papéis importantes na segurança física. Por isso, as ameaças on-line assumirão um papel real à medida que mais pessoas comecem a usar esses dispositivos. As pessoas estão certas em se preocupar com isso.”
Quanto mais dispositivo mais riscos?
Stahlberg enfatizou que muitas categorias de produtos são relativamente novas e repletas de dispositivos de fabricantes não tradicionalmente associados à fabricação de produtos de TI. Como resultado disso, os problemas tradicionais de privacidade e segurança têm o potencial de crescer exponencialmente à medida que as redes se expandirem para incluir esses novos dispositivos. “Os fabricantes estão se focando na facilidade de uso e se apressando em colocar seus produtos no mercado, o que está levando a uma situação em que há uma ampla gama de dispositivos com funcionalidade limitada e algumas vulnerabilidades de segurança. Os problemas específicos de segurança enfrentados por esses dispositivos não são muito diferentes da TI tradicional, mas o crescimento das redes para acomodar esses dispositivos está expandindo os desafios tradicionais de segurança. As pessoas e os fabricantes precisam começar a pensar em maneiras de garantir que as redes de dispositivos IoT sejam gerenciáveis – essa é a única forma de evitar que a situação de segurança fique fora de controle.”

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