Bruno Wolmer, diretor executivo comercial da Coty Brasil

CX e democratização no setor de beleza

Diretor executivo da Coty Brasil descreve a dinâmica em prol de um cliente verdadeiramente omnichannel

O consumidor que veio sendo construído pelas transformações dos mercados e dos hábitos de compra nos últimos anos é verdadeiramente multicanal. Ele pode até ser fiel a algumas marcas, mas seu comportamento de compra se diversifica em várias fontes para obtenção dos produtos e serviços escolhidos. Foi constando essa realidade que a multinacional francesa Coty, com 118 anos de existência, passou a acompanhar a nova dinâmica do consumidor, com um propósito e estratégias muito claras. Trata-se da busca por democratizar o acesso de todas as classes sociais a marcas fortes e tradicionais como Monange, Risqué, Bozzano e Biocolor, entre outras, com presença em mais de 160 mil pontos de venda e loja própria on-line. Detalhando essa atuação, Bruno Wolmer, diretor executivo comercial da Coty Brasil, participou, hoje (21), da 567ª live da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Com 22 anos de carreira profissional e formação em trade marketing, o executivo contou, de início, um pouco de sua trajetória até ocupar, desde fevereiro, a cadeira de diretor comercial de toda a área de consumo da Coty, onde chegou há quatro anos. Na sequeência ele descreveu as característics de uma multinacional que consegue manter em evidência mais de 20 marcas próprias de grande alcance no mercado de higiene e beleza, entre elas, Monange, Risqué, Paixão, Bozzano, Biocolor, Cenoura & Bronze, etc. Embora mais do que centenária, sua atuação diretamente no país só veio a ser mais intensificada a partir de 2016, com a aquisição local da divisão de cosméticos da Hypera Pharma – ex-Hypermarcas – e da compra global da divisão de beleza da Procter & Gamble, incorporando as marcas da empresa no portfólio dentro do país.

Com presença significativa em categorias como esmalte, fragrâncias, cuidados corporais femininos e masculinos, desodorantes, entre outras, a multinacional francesa está em franca retomada no pós-pandemia e, nessa linha, Bruno foi convidado a falar um pouco das estratégias atuais. Segundo ele, a crise sanitária efetivamente acelerou os processos de digitalização e a Coty, dedicada tanto ao modelo do B2B quanto ao B2C, tem fortalecido a parceria das vendas on-line pelas redes varejistas que estão cada vez mais fortes nesse canal. “A consolidação cada vez maior dos hábitos de compra dos consumidores, por meio dos aplicativos tanto de supermercados, quanto de farmácias e perfumarias, tem favorecido fortemente, também, os segmentos de beleza e higiene pessoal. Esse é o nosso maior movimento, mas temos também nossa loja virtual de venda direta ao consumidor final, uma plataforma muito importante para interação das nossas marcas, conhecendo com mais profundidade ainda o público de cada uma delas.”

Depois de descrever os aprendizados adquiridos na transição imposta a todas as organizações nos últimos 30 meses e da atenção da companhia em relação aos seus mais de 2,3 mil colaboradores no país, o diretor destacou o crescimento, em alcance e importância, do e-commerce, tornando possível uma atividade de vendas em regime 24 X 7. No seu entender, os sistemas de abastecimento de distribuidores e atacadistas ficou mais dinâmico e funcional. “A verdade é que aprendemos a ser mais ativos e produtivos via on-line, realizando até convenções de vendas no ambiente virtual, maior difusão de conteúdo e operando uma ampliação dos sistemas de treinamento e capacitação profissional, abrangendo mais pessoas em cada atividade.” Isso tudo é, para Bruno, uma libertação das restrições naturais existentes nas agendas presenciais.

Entre os conceitos que se potencializaram nos últimos anos, ele colocou em relevo um aspecto que, muitas vezes, passa despercebido. Trata-se de uma amplitude muito maior da cultura de multicanalidade do consumidor. Este, hoje, no seu entender, não é mais o cliente de um fornecedor, um varejo ou um canal específico. E, não apenas no consumo on-line, mas também em suas incursões presenciais. Dentro desse novo cenário, questionando sobre os diferenciais da Coty no mercado brasileiro que, por estar entre os quatro maiores do mundo no segmento, atrai muitos concorrentes globais de peso, Bruno assegurou ser o propósito de contribuir para a democratização do setor de beleza. “Isso graças às estratégias de vendas e preços que facilitam o acesso das classes A a E às nossas marcas fortes e tradicionais, com produtos voltados para o consumidor brasileiro, sob fórmulas desenvolvidas e testadas em nossos laboratórios dentro das características peculiares do consumidor local.”

Ao longo da live, além de mostrar de que forma essa produção é feita a partir do centro de pesquisas localizado em Barueri (SP), aproveitando e adaptando tecnologias e tendências globais, o executivo explicou os motivos que levam à organização desfrutar de uma capilaridade tal que sete de cada 10 lares brasileiros têm consumidores das suas marcas. Ele pôde, ainda, tratar de temas que foram do novo perfil do consumidor e as novas tecnologias a critérios de sustentabilidade da organização.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 566 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever.  A Série Lives – Entrevista ClienteSA será retomada amanhã (22), com a presença de André Romanon, country manager da Roku Brasil, que falará do consumo de streaming como novo hábito do brasileiro; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Engajamento: Mais que torcedores, verdadeiros clientes?”, reunindo Bruna Botelho, CEO e fundadora da StadiumGO!, Claudio Pracownik, CEO da Win The Game e Fernando Patara, cofundador e head de inovação da Arena Hub.

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