Estudo da Salesforce indica que maioria das empresas automotivas não acredita que suas vitrines digitais sejam atraentes, compatíveis com dispositivos móveis e com dados de inventário precisos
Apenas 26% dos fabricantes de equipamentos originais (OEMs) e 23% dos varejistas dentro do segmento automotivo realmente acreditam que suas empresas se adaptaram bem às vendas on-line. E menos de uma em cada cinco empresas do setor acredita que suas vitrines digitais são atraentes, compatíveis com dispositivos móveis e que elas fornecem dados de inventário precisos. Os dados fazem parte do estudo “Trends in Automotive“, elaborado pela Salesforce e que traz insights sobre a transformação histórica pela qual a produção e comercialização de veículos automotores está atravessando.
Para entender os desafios atuais do segmento e como ele pode prosperar no mercado digital, foram entrevistados 500 tomadores de decisão de fabricantes de equipamentos originais (OEMs), subsidiárias de financiamento de automóveis e revendedores em países da América do Norte, América do Sul, Ásia-Pacífico e Europa. “A indústria automotiva vem enfrentando pressões externas e um cenário desconhecido ao entrar no mundo digital. Aumento de preços, problemas na cadeia de suprimentos, investimentos em veículos elétricos e conectados, novas regulamentações e concorrência global estão afetando as margens de lucro. Somado a tudo isso, clientes que costumavam fazer compras exclusivamente no showroom querem hoje realizar transações online. Até os reparos estão se tornando digitais a partir de atualizações, corrigindo problemas que costumavam exigir a atenção de um mecânico. É uma nova era e que precisa, portanto, de novas estratégias e de um novo olhar para a experiência do cliente”, comentou Lucimary Henrique, vice-presidente para América Latina do Ignite na Salesforce.
A executiva cita dados da consultoria McKinsey, segundo os quais 99% dos clientes estão insatisfeitos com a experiência tradicional de compra de automóveis. “A maioria deseja cotações de preços on-line precisas e a capacidade de concluir seus pedidos de empréstimo de maneira simples e digital. Esse é um ponto de preocupação, uma vez que apenas 24% dos líderes automotivos relataram que os preços em seu site correspondem consistentemente ao que os clientes realmente pagam”.
Tecnologias emergentes
A sondagem da Salesforce aponta que as empresas automobilísticas agora veem novos modelos de receita, sustentados por tecnologias digitais, como parte da solução. 68% dos OEMs e 62% dos varejistas já estão investindo em aplicativos de Internet das Coisas (IoT), como Apple CarPlay e dispositivos domésticos inteligentes. Nada menos do que 93% de todas as empresas automobilísticas pesquisadas concordaram que dados primários, como interação no site, uso no aplicativo e histórico de compras/serviços, os ajudarão a melhorar substancialmente a experiência do cliente. As tecnologias emergentes já estão melhorando também a eficiência, pois 40% dos entrevistados concordam que a digitalização de operações e o uso de dados podem ajudar a identificar empecilhos e áreas de redundância em toda a operação.
Veículos conectados
Na avaliação da executiva, há consenso em que os veículos conectados oferecerão uma imensa oportunidade para a indústria. “Já estamos vendo isso hoje, com empresas criando novos fluxos de receita a partir de parcerias e serviços de assinatura. Metade das empresas pesquisadas informou que está investindo pesadamente na ativação de dados primários de veículos conectados, com investimentos em recursos de IoT e experiência do motorista em primeiro plano. Dos veículos conectados aos elétricos, o futuro da indústria automotiva será impulsionado por dados e experiências digitais. Investir nas plataformas certas para explorar o potencial desses dados, criar fluxos de receita e corresponder às expectativas dos clientes de eficiência e personalização será a chave para o sucesso de agora em diante”
Metodologia
Os dados do relatório são de uma pesquisa duplo-cega realizada de 20 de abril a 16 de maio de 2022, que gerou respostas de diretores automotivos e tomadores de decisão. Os entrevistados são da América do Norte, América do Sul, Ásia-Pacífico e Europa. Devido a arredondamentos, nem todos os totais percentuais são iguais a 100%, todos os cálculos de comparação são feitos a partir de números totais (não de números arredondados).
