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Desconhecimento e desconfiança

Durante o encontro anual em Davos, a Ipsos e o Fórum Econômico Mundial revelaram a primeira parte de um estudo global para monitorar a aceitação do consumidor no que diz respeito à tecnologia da informação. O relatório, intitulado “Global Citizens and Data Privacy”, destaca a falta generalizada de conhecimento e os baixos níveis de confiança em torno do uso de dados pessoais da população por empresas e governos.
Os resultados sugerem que as organizações podem amenizar os temores dos consumidores se forem transparentes sobre o que fazem com os dados pessoais, oferecendo garantias de confidencialidade, tendo um registro de segurança limpo ou oferecendo uma compensação financeira. O estudo indicou que dois terços dos consumidores ficariam mais confortáveis compartilhando informações pessoais com uma empresa se fosse claro como os dados serão usados. A pesquisa “Global Citizens and Data Privacy” foi realizada em outubro e novembro de 2018, com 18.813 adultos em 26 países na plataforma online Global Advisor da Ipsos. 
Desconhecimento
A maioria dos adultos entrevistados em todo o mundo tem pouco ou nenhum conhecimento sobre a quantidade de dados pessoais que as empresas e governos detêm e como os utilizam. Apenas um em cada três adultos no mundo tem uma boa ideia de quanto as empresas detêm de dados sobre eles (35%) ou o que elas fazem com esses dados (32%). Menos pessoas ainda têm uma ideia razoável de quantos dados pessoais as autoridades nacionais e locais detêm sobre eles (27%) ou o que fazem com eles (23%). As percepções variam entre os países presentes no estudo, geralmente com níveis de conhecimento mais baixos em países com maior regulamentação de dados pessoais.
Falta confiança
Na maioria dos países, os cidadãos tendem a não confiar que empresas e governos usem os seus dados pessoais da forma correta. Em média, apenas 36% confiam na forma que vários tipos de organização lidam com seus dados pessoais. Globalmente, a confiança em governos estrangeiros (20%) é menor e apenas uma minoria dos cidadãos confia no governo nacional (39%). A confiança também é baixa para empresas de mídia (24%) e sites de pesquisa e redes sociais (28%). A confiança é notavelmente maior nos prestadores de serviços da área da saúde (59%) e nas empresas de serviços financeiros (47%).
Privacidade valorizada
Globalmente, a maioria dos consumidores concorda que permitir que as empresas usem seus dados pessoais é algo que eles devem ser capazes de recusar (62%) e que deveriam ser pagos ou recompensados por isso (54%). Cerca de metade dos entrevistados concorda que o acesso aos seus dados pessoais ajuda a economizar tempo (35%) ou economizar dinheiro (28%). Apenas 23% concordam que isso não os incomoda; o dobro (44%) discorda.
Transparência
É mais provável que os consumidores digam que ficariam mais confortáveis em compartilhar informações pessoais com uma empresa se a forma que ela for utilizar os dados seja clara (67%), comprometendo-se a não compartilhar os dados com terceiros (64%) ou que nunca tenha sofrido violações de segurança (62%) – mais do que ter muita experiência com isso (61%) ou receber alguma compensação financeira (60%).

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