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É hora de engatar a primeira

Em 2010, quando o mercado estava mais aquecido e dinâmico, o setor automotivo se beneficiou – e muito. Na mesma época, as montadoras contaram com a vantagem da redução do IPI e de outros impostos, bem como com o programa Inovar-Auto. Junto a isso, o momento também era favorável para os próprios consumidores. Neste momento, a sociedade foi marcada pela ascensão das classes D e E para C, em que tiveram maior aumento de renda e facilidade ao crédito. Crescimento este que ainda pode ser sentido, ainda que seja em uma quantidade menor. Porém, hoje, vivemos uma situação atípica e totalmente adversa à outra. Há dois anos, o País se encontra em crise econômica, o que transformou todos os resultados obtidos.
Segundo o sócio-líder de indústria automotiva da EY, Rène Martinez, até cinco anos atrás o mercados havia crescido dois dígitos percentuais ao ano, em números absolutos. O resultado? O setor entrou em um momento de acomodação, que permaneceu até 2013. Já, no ano passado, a indústria houve uma queda de 7% e chegou ao patamar de venda semelhante a 2010. “Este ano, a indústria está se adaptando ao aumento de IPI e absorvendo os efeitos de retração da economia que se instala no país”, explica. Ou seja, as montadoras começam a procurar sair da estagnação, na missão de achar um meio para obterem o melhor resultado possível em meio ao ambiente negativo.
Porém, este pode ser um processo longo e desafiador para as empresas. Pois é uma dúvida se manter e conquistar cliente e mercado, uma vez que já há certa saturação de veículos nas cidades. “Como dar vazão a essa capacidade no tamanho de mercado que Brasil tem e terá ao final dessa fase?”, indaga Martinez. Sem contar o novo perfil de cliente, que muda constantemente sua ambição e desejo pelos produtos e serviços que quer adquirir. Para o executivo, o caminho, então, é procurar nas diversas campanhas e ações formas de conseguir fidelizar o público e chamar sua atenção. “Inovar é a forma mais eficaz de enfrentar esses desafios. Não basta inovar no produto, é preciso ampliar o espectro de inovação para uma visão mais ampla da organização”, aconselha.
TECNOLOGIA, O NOVO COMBUSTÍVEL
Para o executivo, o uso de tecnologias digitais pode proporcionar uma experiência diferenciada aos consumidores. Incluindo a capacidade de atender aqueles clientes mais exigentes. Mais do que visar pela inclusão digital, é a procura por atender o máximo de consumidores, que estão inseridos em públicos diversos. E esse já tem sido um processo implementado por algumas empresas, enquanto outras ainda conseguem olhar apenas para o produto como ferramenta de conquista. “A satisfação do cliente e a preferência na segunda compra da marca ainda é um desafio grande, devido a falta de fidelidade inserida na nossa cultura”, afirma.
Ainda que a preocupação seja apenas vender, é mais do que essencial o bom desempenho desse setor para a indústria como um todo. De acordo com os dados da EY, o automotivo representa 25% do PIB industrial e 5% do PIB do Brasil. Empregando, ao todo, mais de 140 mil colaboradores. “A melhoria da eficiência operacional e o empenho em ganhar vantagem competitiva estão entre as prioridades da indústria”, finaliza Martinez.

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