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Em novembro, faturamento paulista caiu

O faturamento real do comercio varejista do Estado de São Paulo atingiu R$ 46,8 bilhões em novembro de 2015. Uma queda de 10,1% na comparação com o mesmo mês de 2014 e R$ 5,3 bilhões abaixo do valor alcançado. Este foi o menor faturamento para o mês, desde 2009. Já no acumulado dos onze meses de 2015, o varejo paulista teve retração de 6,5%, o que representa uma redução de R$ 34,2 bilhões nas vendas. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
 
De acordo com a Federação, entre as 16 regiões analisadas, apenas o comércio varejista da região do Litoral paulista mostrou resultado positivo em novembro (1,3%), enquanto as demais apresentaram recuo em suas vendas. Sete das nove atividades analisadas apresentaram quedas expressivas em novembro, das quais quatro delas, acima de 15%: concessionárias de veículos (-23,7%), materiais de construção (-20,6%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-17,6%) e outras atividades (-15,6%). Somados, os quatro segmentos contribuíram negativamente com a retração geral com 9,8 pontos percentuais. Por outro lado, os setores de supermercados (3,5% e colaboração no resultado geral de um ponto percentual) e de farmácias e perfumarias (0,7%, sem contribuição significativa), foram os únicos que não recuaram. 
 
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, além das baixas observadas no mês, o fraco desempenho dos setores de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-11,2%) é um forte indício de que nem mesmo as vendas promocionais da Black Friday de 2015 conseguiram impedir a forte redução das vendas do segmento.
 
Expectativa
Para a Entidade, o resultado de novembro reafirma o mau momento que o comércio varejista no estado de São Paulo vive. Os baixos desempenhos confirmam a tendência de queda para o fechamento do ano, cuja previsão é que haja retração de até 6% inferior ao observado em 2014. Influenciada pela forte deterioração dos indicadores econômicos, como PIB, emprego, renda, crédito, déficit fiscal, alta da inflação, câmbio e juros.  Em dezembro de 2015, a expectativa é uma baixa de 4% no faturamento real.
 
A FecomercioSP aponta que a retomada do crescimento das vendas varejistas é improvável no médio prazo e afirma que em 2016 poderá se consolidar a maior crise já vivida pelo comércio paulista, com retrações expressivas das atividades sem sinais de arrefecimento, dando continuidade a um cenário de desalento e baixas perspectivas.
 
Varejo paulistano
O varejo da capital paulista registrou queda de 7,2% em novembro do ano passado, na comparação com o mesmo mês de 2014. Atingindo faturamento real de R$ 14,6 bilhões. É o menor faturamento para um mês de novembro desde 2009. No acumulado do ano, a retração foi um pouco menor (-4,4%) e a 19º queda consecutiva nessa base de comparação, o que representa uma redução de vendas reais de R$ 7 bilhões em comparação ao mesmo período de 2014.
 
Das nove atividades analisadas, seis registraram queda, sendo que quatro retraíram acima de dois dígitos: materiais de construção (-21,5%), outras atividades, setor em que predomina o varejo de combustíveis (-19,1%), concessionárias de veículos (-15,0%) e lojas de móveis e decoração (-11,7%). Juntas, as quedas pressionaram negativamente o índice geral em 7,8 pontos percentuais. No sentido oposto, as três atividades que conseguiram obter taxas de crescimento foram supermercados (4,0%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (1,9%), farmácias e perfumarias (1,7%), que somadas, amenizaram a queda geral em 1,5 p.p.
 
De acordo com a assessoria econômica da Federação, as sucessivas quedas nas vendas do varejo paulistano evidenciam a continuidade e consolidação de mais um ano recessivo com reflexos sobre as vendas do Natal de 2015. Em 2016, a Federação prevê grandes obstáculos para os empresários do comércio da capital. Os estoques elevados e grandes compromissos de custos que são naturais do início de cada ano geram diminuição da liquidez, estimulando as promoções e liquidações de maneira ainda mais intensa.

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