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Estudo revela as tendências de consumo


O que o consumidor pretende comprar? Esta é uma questão que seduz 10 entre 10 varejistas. Indicar respostas possíveis é o objetivo do estudo “Expectativas de Consumo – Julho a Setembro de 2006”, conduzido pelo Provar (Programa de Administração de Varejo), da Fundação Instituto de Administração – FIA. A pesquisa faz parte do núcleo de estudos sobre o comportamento do consumidor e considerou a intenção de compras dos consumidores para os seguintes segmentos do varejo: Automóveis, Auto Peças, Casa, Mesa e Banho, Eletroeletrônicos, Foto e Ótica, Informática, Linha branca, Material de Construção, Móveis e Telefonia e Celulares.

Segundo a pesquisa, o mercado moveleiro está em primeiro lugar, pois 14,6% dos entrevistados manifestaram intenção de comprar móveis neste próximo trimestre. Em segundo lugar na preferência estão os produtos da linha branca (refrigeradores, fogões, lavadoras, aparelhos de refrigeração etc.), com 13,4%. “Esta alta intenção de compra para estes segmentos deve-se, em parte, aos pequenos aumentos nos níveis de emprego e renda no período. Vale lembrar que contribuem para esta disposição a facilidade de aquisição destes bens por meio de crediários e financiamentos”, assinala o professor Cláudio Felisoni, coordenador geral do Provar.

Já o segmento de Telefonia e Celulares ficou em terceiro lugar, com 11,4% de intenção de compra, registrando uma redução na intenção de compra tanto em relação ao mesmo trimestre do ano passado, quanto em relação ao trimestre anterior. “Este resultado foi comum para a maioria dos segmentos. Ele pode ser provocado tanto pela restrição orçamentária do consumidor, que realoca seu consumo, como pela própria sazonalidade do período. É uma movimentação natural do mercado”, explica Cláudio. A pesquisa também destaca que 31,4% dos entrevistados não pretendem comprar produtos dos segmentos pesquisados nos próximos meses. Percentual que fica praticamente no mesmo patamar em que se encontrava à mesma época do ano passado.

Outro fator interessante mensurado pelo estudo é a quantia que os consumidores pretendem gastar nessas compras. O setor de Material de Construção, por exemplo, registrou aumento de 120% nesta quantia, passando de R$ 600 reais para cerca de R$ 1.563 reais. Já o setor de Móveis, apesar de estar em primeiro lugar na intenção de compras, registrou redução na intenção de gasto de 15%, passando de R$ 1.451 reais para R$ 668 reais. “Entre os segmentos pesquisados, a maioria registrou redução na intenção de gasto. Isto demonstra o impacto das altas taxas de juros e do comprometimento da renda para compras planejadas”, explica o coordenador do Provar. Segundo o professor, a sobreposição dos instrumentos de crédito adquiridos em períodos sazonais impedem o crescimento sustentado do consumo. “Os resultados indicam que passamos por um período de economia de curto prazo no Brasil”, ressalta.

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